sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Lebre

Mamífero da ordem dos lagomorfos e da família dos leporídeos, a lebre assemelha-se muito ao coelho, mas difere deste pelas longas patas posteriores e pelas orelhas, rematadas na extremidade por manchas escuras. As crias da lebre nascem com olhos abertos, ao contrário do que ocorre com as do coelho. Pelo aspecto, a lebre lembra também os roedores, mas, diferentemente daqueles, possui dois pares de incisivos (dentes frontais utilizados para roer) na mandíbula superior, e não um, como os roedores.
A lebre comum (Lepus europaeus), própria da Europa e África, é de cor parda grisácea no dorso e esbranquiçada no ventre; tem orelhas e patas posteriores longas e chega a pesar 3,5kg. Costuma viver em campos abertos, em desertos e também em bosques e alimenta-se de relva, raízes, grãos e cascas. É solitária por costume e não faz tocas, mas repousa em simples depressões do solo, das quais irrompe como que empurrada por uma mola, aos saltos. Ao chegar a época do cio, os machos correm, perseguem-se e lutam entre si. O período de gestação dura sete semanas.
Na América do Norte há várias outras espécies de lebres, chamadas de coelhos (rabbits) nos Estados Unidos, como o snowshoe rabbit (L. americanus), que tem uma almofada de pêlos na sola dos pés, e o jack rabbit (L. californicus).
A maior das lebres é a ártica (L. othus), que fica marrom no verão e branca no inverno e cujo peso excede os cinco quilos. Dotada de fortes garras e dentes projetados para a frente, com os quais cava a neve a fim de alimentar-se da vegetação encoberta.


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

RENDIMENTO LÍQUIDO DA CARNE DE COELHO





O rendimento líquido é a porcentagem de carne limpa e é obtido somando-se o peso do couro, cabeça, patas, sangue e vísceras e diminuindo do peso vivo dos coelhos. O rendimento líquido do coelho é maior que o dos outros herbívoros domésticos como o boi, carneiro, etc. Para saber o rendimento líquido de um coelho, basta multiplicar seu peso vivo por 60 e dividir por 100. Um coelho de 3kg, por exemplo, teria um rendimento líquido de 1,800kg, porque 3 X 60 são 180 que, divididos por 100, resulta em 1,800kg. Naturalmente, este rendimento pode variar para mais ou para menos, devido a uma série de fatores como idade, raça, sexo, precocidade, estado de gordura ou magreza, alimentação, etc. A raça tem grande influência na produção de carne, pois embora a produzam em maior quantidade, as raças gigantes dão menores rendimentos líquidos e sua carne é de qualidade inferior à das raças médias e pequenas. O sexo influi, não só na quantidade mas também na qualidade da carne produzida pois, embora no começo do período de desenvolvimento não haja muita diferença entre fêmeas e machos, com a idade vai aumentando a diferença e as fêmeas vão dando maior rendimento do que os machos porque o esqueleto, órgãos internos e peles dos machos são relativamente mais pesados. Segundo alguns autores, esta diferença pode atingir a 15%. No que diz respeito à idade, quanto mais velho for o coelho, maior o rendimento em carne e mais firme ela se torna. Quando um coelho é submetido à engorda, o que aumenta em maior proporção é a carne e por isso só devem ser abatidos coelhos gordos. As raças precoces são as que produzem relativamente maior quantidade de carne em menor tempo, por ser muito grande o seu poder de assimilação de alimentos ou conversão alimentar. O maior rendimento é obtido quando o coelho está com 2 anos de idade, mas sua carne perde em qualidade e o seu preço de custo é bem maior, não compensando financeiramente. Em nossa criação, obtivemos os seguintes resultados: Lote de 20 coelhos de 3 a 4 meses de idades Peso total 49,150 kg Peso médio por animal 2,467 kg Peso total da carcaça com cabeça, fígado, rins e coração 32,050 kg Couro e vísceras não comestíveis 17,100 kg Parte Comestível (carcaça e vísceras, exceto pulmão) 62,2% Quebra 37,8% A qualidade e quantidade de alimentos fornecidos aos animais, principalmente no último mês e a técnica de abate têm grande influência, tanto na quantidade quanto na qualidade da carne obtida.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

REGRAS PRÁTICAS NA ALIMENTAÇÃO DOS COELHOS

Na alimentação dos coelhos devem ser observadas algumas regras, destacando-se entre elas as seguintes: - não há inconveniente em dar verde recém-cortado ou molhado, mas pode ser fornecido murcho, desde que não "esquente", isto é, não esteja fermentado, para evitar problemas intestinais e diarréias; - administrar sal misturado na ração ou em blocos pendurados nas gaiolas; - usar de preferência bebedouros automáticos; - quando dos tipos "pote" ou "mamadeira", manter os bebedouros sempre cheios com água limpa e fresca, principalmente para fêmeas em gestação ou lactação; - limpar os comedouros todos os dias, para evitar que neles permaneça ração estragada; - todas as forragens e rações devem ser isentas de terra, impurezas e de ervas daninhas que possam prejudicar os animais; - quando necessário, submeter os alimentos a determinados processos de preparação como, por exemplo, trituração e moagem, para que tenham maior aproveitamento; - manter os coelhos sossegados, pois o repouso ajuda a engorda; - não dar alimentos em excesso, para que não fiquem nos comedouros e se alterem; - administrar as rações ou alimentação, de acordo com a produção; - verificar se os alimentos estão produzindo os efeitos desejados, ou seja, um aumento proporcional de peso, boa produção de láparos, número e resultado das coberturas, quantidade da carne ou pelo; - dar uma alimentação variada, pois isso representa um estimulante para o apetite e secreções digestivas; - dar as rações com regularidade, porque é interessante para o funcionamento normal do aparelho digestivo e a saúde do animal; - tomar determinados cuidados na troca da alimentação, evitando a passagem brusca de um regime para outro, devendo a troca de alimentos ser feita gradativamente, para os coelhos irem se acostumando com o novo regime alimentar; - dar aos coelhos uma ração completa, nos seus elementos nutritivos; - misturar alimentos caros com mais baratos, desde que boa qualidade, para que sejam obtidas, quando necessário, rações mais econômicas; - a alimentação deve manter uma certa média de qualidade e quantidade, pois a irregularidade na distribuição das rações ou a grande variação em sua qualidade prejudicam, não só a saúde ou as condições físicas dos coelhos, mas também a sua produção; - entre os melhores, verificar quais são os alimentos de que mais gostam os coelhos, para que lhes sejam fornecidos, pois assim comerão mais e também produzirão mais; - utilizar recipientes ou utensílios adequados para depositar as diversas qualidades ou tipos de alimentos (ração balanceada, grãos, forragens verdes, etc.) Embora muitos criadores se descuidem da alimentação, é nela que se encontra um dos principais fatores de sucesso ou fracasso da criação, sendo por isso necessária uma vigilância rigorosa na qualidade, quantidade e distribuição dos alimentos para os coelhos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

CRIAÇÃO DE COELHOS

Procuramos apresentar abaixo as etapas que julgamos ser importantes para o manejo do dia-a-dia da criação de coelhos. Escolha o assunto de seu interesse "clique" e boa leitura.
Alimentação - Cuidados Sanitários - Galpão - Gestação - Instalações - Mão-de-obra - Módulo Piloto para Reprodução

Alimentação:
Os coelhos deverão receber uma ração peletizada própria e de boa procedência, da desmama até entrarem em produção recebendo uma média de 120 gramas ao dia. As matrizes ao entrarem em produção devem comer ração a vontade, porém de forma controlada, a fim de que os animais não desperdicem. Pode-se considerar para efeito de cálculo, um consumo de 90 gramas diárias de ração por coelho do plantel. Como complemento e até economia, devemos fornecer forragem verde, (rami, confrei, folhas de bananeira ou árvores frutíferas, picão, aveia preta etc, e hortaliças, com exceção do alface) em quantidades controladas. Para evitar desperdícios, recomenda-se, no caso das hortaliças, um prévio descanso para que murchem. A água deverá ser potável e abundante.
Cuidados Sanitários:
A melhor prevenção contra doenças é manter o rebanho em perfeitas condições de higiene: limpeza periódica das gaiolas com escovas e bactericídas. Galpões e gaiolas devem ser desinfetados mensalmente com bactericida e lança chamas mantendo-os o mais limpo possível. A retirada do esterco será feita em um período máximo de vinte dias no verão e quarenta dias no inverno. A cada retirada de esterco, joga-se uma camada de cerca de um centímetro de serragem ou outro material seco. Ninhos e cumbucas sujas devem ser lavados com desinfetantes, bem secos ao sol e passados pelo lança chamas, a caixa d'água deve ser lavada e as mangueiras esgotadas a cada mês.
Gestação:
Período de gestação: 31 dias. Três dias antes do parto deve-se colocar o ninho na gaiola da fêmea. O ninho tipo caixa fechada com abertura frontal que é o mais recomendado, deverá ser 30 x 40 x 30 cm com a abertura de 15 cm, devendo ser forrado de preferência com "maravalha" (não serragem em pó, nem fita), ou utilizar palha, feno macio (capim colchão). Durante a gestação, a fêmea necessita apenas de um lugar tranqüilo sem outros cuidados especiais. Normalmente a fêmea arranca pelos do próprio corpo e mistura-os com o material do ninho. Logo após o parto o ninho deve ser examinado retirando-se os natimortos, observando se os láparos permanecem juntos e não espalhados por todo o ninho. Os ninhos deverão ser examinados diariamente, a fêmea amamenta os láparos no máximo duas vezes ao dia, caso uma coelha crie mais de oito filhotes e outra menos de sete, o excesso da primeira deve ser colocado com a segunda, a média é de sete filhotes por parto. Depois de 15 dias do nascimento a fêmea poderá ser coberta novamente. O ninho será retirado trinta dias do nascimento e o desmame após quarenta e dois dias. Entre setenta e cinco e noventa dias os filhotes estarão prontos para corte, com um peso médio de 2,2 a 2,5 kg.
CICLO REPRODUTIVO: 01/07 primeira cobertura 11/07 primeira apalpação 27/07 colocar ninho 01/08 primeiro nascimento 15/08 segunda cobertura 25/08 segunda apalpação 01/09 retirada do ninho 12/09 desmame + colocação do novo ninho 15/09 novo nascimento
Instalações
As gaiolas deverão ter, de preferência, bebedouros automáticos e cumbucas para ração, sendo montados em galpões já existentes na propriedade ou construídos conforme planta anexa. Utilizando gaiolas suspensas em um andar, o piso do galpão deverá ser de terra, tendo a opção dos corredores de cimento, a lateral do galpão deverá ser uma mureta de 0,50 cm de altura e o resto deverá ser fechado com tela e cortinas que possam ser abertas e fechadas de acordo com o clima.
As cabeceiras do galpão deverão ser fechadas. A construção do galpão deverá ser feita em local seco e protegido de ventos fortes obedecendo a posição das cabeceiras sentido nascente-poente. Caso o terreno seja do lado sul, de onde provem os ventos frios descampados, além da cortina será necessário plantio de um renoue de proteção (ex: capim napier, elefante, bambú, etc.), do lado oposto proteção para o sol forte da tarde (ex: bananeiras seria uma boa opção ou ainda santa barbara). O material para a construção será o mais simples e o de mais fácil aquisição na região: alvenaria, madeira, etc. Para a cobertura: telhas de barro, amianto ou mesmo sapê ou piassava.
Mão-de-Obra:
Com o manejo aqui descrito, um funcionário pode cuidar de um plantel de 200 matrízes em média.
Reprodução:
A fêmea deverá ser coberta pela primeira vez após os quatro meses devendo o macho ter cinco meses, entretanto no cio a coelha fica inquieta, a vulva fica entumecida e arrocheada. A fêmea será retirada de sua gaiola e levada para a do macho, após cobertura, não esquecer de fazer anotações na ficha. Após dez ou quinze dias, determina-se por apalpação se a coelha está prenha ou não. O parto ocorre trinta dias após a cobertura fértil. Normalmente o macho faz duas coberturas ao dia e um descanso no outro. O maior índice de fertilidade na coelha se dá no início de reprodução. A partir de 4 meses e meio para raças médias, no plantel, como um todo, o inverno e a primavera são os mais férteis, caindo no verão e outono, a média anual por cobertura de uma fêmea é de 60%. O melhor índice de prenhes é quando se faz a cobertura logo após o parto, após 6 a 10 horas (95%), como conseqüência teremos o desmame precoce, com 28 dias. O segundo índice é quando a cobertura é feita 15 dias após o parto (60%), desmame com 42 dias. O terceiro índice é a cobertura 30 dias após o parto (75%), desmame com 55 dias.
Reprodutores:
A aquisição das matrizes e reprodutores para o início de criação deverá proceder de uma granja comercial idônea. As raças a serem adquiridas, aconselha-se que sejam de porte médio, tais como: Nova Zelândia Branco, Califórnia, Chinchila, Borboleta, Nova Zelândia Vermelho, ou um cruzamento industrial. Isto porque elas reúnem características essenciais como boa conversão alimentar, precocidade, carcaça, rusticidade e fecundidade.
Plantel Dinâmico:
Após a segunda cria das fêmeas, considera-se normal uma substituição mensal de oito a dez por cento de matrizes, os motivos são diversos: por morte, por não pegar cria, etc. Estas serão descartadas e irão para abate sendo substituídas por outras jovens já cobertas, de produção da própria criação.
Módulo Piloto para 10 matrizes:
Dez matrizes produzem seis filhotes desmamados por parto, igual a 50 coelhos. Seis filhotes por gaiola, teremos 10 gaiolas, incluindo o plantel dinâmico totalizando 14 gaiolas, reposição de 10% de fêmeas ao mês no plantel de matrizes. A eventual compra vínculo estágio na granja sobre o manejo da criação. Estágio que deverá ser feito a fim de garantir o sucesso da criação. O manejo de 10 matrizes corresponde a meia hora de trabalho por dia.
Modelo 5 - EngordaTampa superiorDimensão: 80 x 50 x 35 cmAcomoda de 4 a 6 cabeças Modelo 2 - MatrizTampa superiorDimensão: 80 x 50 x 35 cmMalha fechada para evitar saída de láparos
10 matrizes + 2 reprodutores de raça para produção intensiva, de carne. 12 gaiolas modelo 2 para produção. 14 gaiolas modelo 5 para engorda e plantel dinâmico. 40 bebedouros automáticos 64 comedouros para engorda e plantel dinâmico.

Galpão para 10 matrizes
FONTE:Associação Paulista de Criadores de CoelhosAv Francisco Matarazzo, 455 - CEP 05001-900 – São Paulo-SPTel: (11) 3672-3011 4711-1521