sábado, 11 de abril de 2009

A RAÇÃO







Ração é definida como um conjunto de matérias primas balanceadas de tal forma a atender as exigências do animal à nível de proteína bruta, matéria fibrosa, energia, vitaminas, minerais e outros.
Portanto, a alimentação constitui-se como fator importante no aparecimento de distúrbios digestivos nos coelhos de engorda ou no perído pós parto, por administração inadequada de ração, seja na qualidade ou na quantidade.
Diarréias de origem alimentar ocorrem, muitas vezes devido a administração de alimentos pobres em celulose ( a celulose auxilia no trânsito dos alimentos no trato digestivo, contudo pode diminuir o ganho de peso dos animais se ministrada em excesso).
Recomenda-se que antes de fornecer-mos a ração aos coelhos, a mesma seja peneirada, com o objetivo de retirar-se se o pó que forma-se devido ao manuseio dos sacos (embalagens) e que é prejudicial aos animais; que aspiram este pó no momento da ingestão da ração podendo causar-lhes alergia, complicações pulmonares ou respiratórias (rinite). Cuidado este, que também devem ter alguns criadores que por vezes alimentam seus coelhos com milho quebrado (quirera muito fina).

Também devemos evitar a troca brusca de ração, a mesma deve ser feita aos poucos, dia a dia, permitindo que a flora microflora do tubo digestivo se adapte ao novo regime alimentar.
A maioria das rações existentes no mercado dão uma conversão alimentar, global na criação na faixa de 4 a 5kg de ração por quilo/coelho.
Uma vez que os custos com alimentação perfazem cerca de 50 a 65% dos custos de produção, a escolha da ração não deve ser baseada somente em custo por quilo de matéria seca, mas sim em eficiência de produção ou índice de conversão alimentar.
Assim sendo, duas rações poderão apresentar o mesmo custo e levarem a desempenhos diferentes.
Índice de conversão alimentar = IC
• IC = quantidade de alimento consumido na engorda / peso do coelho

• IC de engorda = quantidade de alimento/ (peso do coelho ao abate - peso a desmama)

Proceder à análise econômica das rações baseada no IC:

Preço da ração kg x consumo diário / ganho de peso diário







sexta-feira, 3 de abril de 2009

COELHOS - PELE

Em geral os cunicultores se preocupam com a preparação e a utilização comercial das peles, porque apesar de terem certo valor comercial, ainda existe muita dificuldade para a conservação (curtimento) e mercado para a venda de peles em muitas regiões, principalmente as mais afastadas dos grandes centros.
Se o coelho é rentável como produtor de carne, sê-lo-á mais, quando o benefício que resulta do aproveitamento da carne se junte ao proveniente da venda da pele. Daqui o aparecimento das raças Nova Zelândia Branca e Califórnia, com tendência para a criação de animais de dupla aptidão: carne e pele.
número de raças produtoras de peles é grande, como também foram muitas as mutações que apareceram na pelagem do coelho.
Entre as raças modernas de criação recente, destacamoso Castor Rex e suas variações, Prateado de Champanhe, Chinchila, Havana, entre outros.


Castor rex










Para obtermos peles de boa qualidade devemos observar alguns cuidados no manejo dos coelhos, tais como:
- os animais não devem estar em processo de muda do pelo, que é lento durando aproximadamente três meses e se dá quando os animais atingem onze semanas;
- deve-se manter os coelhos saudáveis, bem alimentados com boa higiene (os coelhos para pele devem ser escovados regularmente);
- os machos não utilizados para a reprodução devem ser castrados, o que além de evitar brigas nas gaiolas, caso estejam confinados vários animais juntos (o recomendável é um animal por gaiola), faz com que o pelo fique mais macio e brilhante;
- o local deve ter boa ventilação, o que contribui para deixar a pele mais espessa, principalmente no inverno, quando naturalmente os pelos crescem mais rapidamente, tornando a pele mais densa e apreciável;
- o local não deve ter muita luminosidade, para não influciar na coloração da pele, principalmente das brancas, que podem mudar de cor e ficar amareladas;
- devemos obervar se a pele não apresenta manchas escuras, que pondem indicar o crescimento dos pelos, desvalorizando-a para o comércio;
Na hora do abate e consequente sangria, devemos ter cuidado para não manchar a pele com o sangue, observando-se o seguinte procedimento:
Abate, com a retirada da pele, limpeza dos restos de carne e gordura, secagem, tratamento e armazenamento, a espera do processo de curtimento.
A pele seca pesa entre 125 a 150gr e sua relação com o peso do animal é de 13%.
O valor das peles depende de fatores tais como: comprimento, densidade, brilho, textura, resistência, cor do pelo, tamanho, peso e o estado de conservação.