terça-feira, 22 de novembro de 2016

COELHOS ANORMALIDADES




A má qualidade da pelagem, orelhas caídas, flácidas nas raças de orelhas eretas e a debilidade genética que ocorrem em alguns coelhos; fazem com que sejam particularmente sensíveis frente a diferentes enfermidades.
O que está, em muitas ocasiões relacionado a má oclusão bucal, devido a isso não devem ser colocados em reprodução e descartados da criação, pois podem degenerar o padrão racial dos animais em criação.
Se não separamos os coelhos que apresentam problemas de crescimento anormal dos dentes afastando-os da reprodução o problema continuará com nascimentos dos descentes destes - não adianta só aparar os dentes - o mais importante é evitar que os genes recessivos se tornem dominantes; pode acontecer que se continuarmos a reproduzir os coelhos portadores deste genes e tivermos sorte por algumas gerações não surgirão animais com problemas, porém a longo prazo toda criação será afetada.
A má oclusão pode ser eliminada totalmente quando se põe em prática um bom sistema de seleção na criação, com a eliminação sistemática dos animais portadores; porém estas práticas não asseguram 100% a erradicação.
Alguns criadores introduzem animais com este fator ao adquirir reprodutores, sem observar muitos critérios de seleção e de criadouros pouco confiáveis.
O gen se fortifica e as vezes sofre um incremento, sem que o cunicultor deseje (especialmente naqueles que praticam uma consanguinidade muito estreita).
Ainda, em muitos casos observamos abcessos nos dentes molares e pré-molares que aumentam a pressão no olho ou olhos impulsionando-os para fora, lesionando o nervo ótico com consequente lacrimejamento, causando muito desconforto aos coelhos e debilitando-os.
Acidentes como batidas na boca dos coelhos também pode ocasionar crescimento anormal dos dentes originado má oclusão.
Os coelhos gostam de mastigar coisas, diminuímos também o problema com uma dieta alta em fibra (feno, alfafa,aveia ). Ainda, eles limam os dentes friccionando-os uns aos outros, algo que costumam fazer quando estão felizes ou quando roem materiais em seu ambiente (madeira,papelão),embora friccionar os dentes também expressa outras emoções como o medo, dor ou raiva.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

PELE/PELO - COELHOS




Os coelhos nascem nus ,mas dentro de um curto espaço de tempo  começa a ser recoberto com uma fina cobertura de pelos, 12 - 15 dias de idade, que atinge a todo o corpo.
O filhote pode ter uma cor de pele diferente dos adultos, como o ocorre com o Califórnia, Champagne  e outras, que são negros ou acinzentados ao nascer, mudando quando atingem a idade adulta.
A qualidade da pele indica o estado de saúde do animal sob condições ótimas, o pelo esta para cima, limpo, liso e brilhante passando a mão sobre o animal o contrapelo recupera rapidamente a sua posição. 
Macroscopicamente a pele parece formada por dois tipos de pelos, mas em uma analise mais aprofundada constatamos que é composta por cinco tipos de pelo.
O pelo do coelho é muito durável, característica que aumenta com a idade e e mais pronunciada nos machos.
A partir dos três meses de vida, o pelo é sujeito a ciclos de renovação chamada de muda, o que ocorre durante os períodos mais quentes do ano produzindo queda em chumaços de pelos.
No outono acontece a muda de forma lenta e é visível através de irregularidades na pele, observando-se fácil destacamento de tufos de pelos.
Quando o pelo é reconstituído o coelho precisa de uma alimentação rica em proteínas e aminoácidos; os animais reduzem a vivacidade e algumas funções fisiológicas são reduzidas (diminui a fertilidade).
Sobre estas mudanças, exercem influência os fatores genéticos,alimentação e o ambiente.
A cor da pele varia de acordo com a raça, podendo apresentar cores uniformes (branco,preto,castanho), ou cores diferentes distibuída na mesmo pelo (Champagne,Chinchila)ou, finalmente,localizada em cores diferentes em áreas específicas do corpo (Califórnia,Holandês).
A pelagem dos coelhos que apresentam perfeitas condições de saúde é sedosa e brilhante sendo suave ao tato, ao contrário de um coelho doente que o pelo se mostra áspero e opaco. Porém devemos ter atenção para não confundir a muda como um sinal de doença. 


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

PERÍODO DE ADAPTAÇÃO - CUIDADOS







Durante o período de adaptação após a desmama, aproximadamente duas semanas, a mortalidade situa-se no patamar de 1,5 a 2% podendo ser consequência do estado sanitário dos animais após a desmama (coccidioses, infecções respiratórias); da forma com que se faz a troca da gaiola/maternidade para a de engorda e das condições sanitárias da gaiola em que forem alojados.
Durante este período a prevenção passa por:
  • desinfecção do local, gaiolas e materiais; 
  • preparação do ambiente - densidade dos animais (um grande número de animais na gaiola,influi na tranquilidade e aumenta os riscos de contágios);
  • melhorar o trânsito digestivo com  alimentação rica em  vitamina E;
  • controlar o pH do aparato digestivo acidificando a água a ser consumida (15 - 20 cc de ácido acético por litro);
  • controlar com medicamentos adequadamente a coccidiose, evitando a presença de infecções secundárias;

Após a adaptação torna-se indispensável ser muito rigoroso nas condições da água a ser consumida pelos coelhos e não descuidar-se da higiene dos comedouros e bebedouros.


terça-feira, 25 de outubro de 2016

MANEJO DA ALIMENTAÇÃO




Um adequado manejo da alimentação no período da desmama pode ajudar a controlar a ocorrência de problemas digestivos.
Um aspecto importante e que devemos levar em conta é a idade da desmama, dados os inconvenientes observados com  os sistemas intensivos.
Ao ser utilizado um sistema de cobrição aos 8 - 10 dias depois do parto, seria possível retardar a desmama para uma idade mais usual dos 30 dias até 35 - 38 dias.
Uma desmama mais tardia elevaria ligeiramente o índice de conversão da ração e permitiria uma adaptação mais gradual do aparelho digestivo dos filhotes com a troca de alimentação.
Outro ponto importante é a restrição da ração com a adição de feno de boa qualidade na alimentação diária dos coelhos durante a semana posterior à desmama. 
Com estas medidas se pretende reduzir a sobrecarga digestiva e portanto um excesso de nutrientes sem controle.
A restrição alimentícia nesta idade supõe uma diminuição temporária na velocidade de crescimento que se compensa antes do abate com um maior consumo de alimento pós desmame e já na fase de recria.


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

GENITAIS INFLAMADOS



Os coelhos podem apresentar os órgãos genitais inflamados, pelas seguintes causas infecciosas:
- Mixomatosis - causada por um vírus, que em forma clássica apresenta mixomas na zona genital dos animais.
- Sífilis do coelho (Treponema cuniculi)que produz quadros de inflamação nas zonas genitais (testículo, escroto, prepúcio e pênis) e nas fêmeas a inflamação no útero, vagina e vulva.
- Infecções secundárias, por Pasteurella multocida, por exemplo.
A recomendação é que o animal doente seja separado dos demais,podendo até ser sacrificado para impedir a disseminação do problema,melhorar as medidas de higiene no criatório, nunca permitir a entrada de outros reprodutores sem quarentena, controlar os mosquitos vetores de doenças.
Deve-se ainda, queimar as gaiolas (lança chamas) uma vez por mês, polvilhar o chão com cal.
Quando algum animal apresentar sintomas de inflamação em seu órgão genital seja macho ou fêmea, devemos fornecer boa alimentação compartilhada com um complexo vitamínico e a suspensão das atividades de cobrição ou monta até a identificação completa do problema.
Dependendo da gravidade da moléstia não permita a entrada ou saída de coelhos por pelo menos 6 meses e no caso de fêmeas com cria verifique a possibilidade salvar os filhotes.
 
  

terça-feira, 18 de outubro de 2016

PLANTEL REPRODUTOR

Plantel reprodutor é o lote de coelhos composto por um grupo relativamente pequeno de animais selecionados, com grande capacidade de reprodução e alto grau de pureza racial, destinado a produção de futuros reprodutores e demais animais que formam o resto dos coelhos da criação.

Constitui a base na qual se assenta toda a produtividade e rentabilidade do criadouro, tem uma enorme importância,pois visa aumentar a qualidade e a produtividade dos animais  ao procurar o tipo de coelho padrão.
O plantel é a  fonte de formação e apoio ao investimento, de grande  importância,  não    só para reduzir despesas com a aquisição de animais de qualidade, mas também para garantir a  infraestrutura necessária que deve ser dada aos animais melhorando suas condições de vida.
Exige também cuidados especiais, ração e alimentação adequada, controle dos serviços e outros.
O plantel pode ser formado por exemplares adquiridos em criações idôneas, exposições e os que são preparados com antecedência, em perfeito estado sanitário para serem indicados na reprodução dentro da criação.
O criador deve sempre lembrar que dos animais depende o futuro da criação, pois garante a origem dos exemplares utilizados, promove a uniformidade de tipo e produtividade dos animais atendendo  as necessidades do criatório seja para a produção de carne ou pele.

Os machos e as fêmeas que compõem o plantel devem ser cuidadosamente selecionados, sendo saudáveis, fortes e vigorosos.
Muitos coelhos morrem dentro de poucos dias de vida, geralmente devido a falta de vigor dos pais.
Para futuros reprodutores devem ser escolhidos animais de ninhadas pouco numerosas e de mães prolíficas, pois sendo poucos os filhotes concebidos, se desenvolvem mais no ventre materno, e consequentemente cada filhote receberá maior quantidade de leite durante a lactação, fazendo com que os filhotes tenham um bom desenvolvimento.
A escolha do tipo ideal deve representar o padrão da raça, sem defeitos graves, que poderão passar dos pais para os filhotes.
Devem apresentar as características sexuais bem marcadas, os machos devem ser inquietos e ágeis em seus movimentos, as fêmeas tranquilas e dóceis.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

COELHOS E AS ALTAS TEMPERATURAS



As altas temperaturas registradas no verão, afetam negativamente a produção de coelhos, tanto nas coelhas reprodutoras, como nos machos e coelhos de engorda.
O coelho é uma espécie de origem mediterrânea aparentemente adaptado a temperaturas altas, porém no que diz respeito ao coelho destinado a produção de carne a situação pode ser outra.
A seleção moderna para a produção em grande escala, apresenta animais com desenvolvimento muscular desproporcional com rendimento de carcaça mais avantajada,com mais carne.
Porém esta seleção não proporcionou ao coelho uma maior capacidade respiratória, um dos principais mecanismos dos coelhos na proteção contra o calor excessivo para eles.
Em geral, a partir dos 25º C, constatamos um aumento na temperatura corporal dos coelhos, com a diminuição do apetite com consequências no rendimento produtivo e reprodutivo.
A partir dos 35ºC, o coelho é incapaz de combater o calor produzindo mortes pelo chamado "golpe de calor".

Nas coelhas as altas temperaturas: diminuem a ingestão dos alimentos, apresentam dificuldade em aceitar o macho, aumentam a mortalidade embrionária e contribui para ninhadas menores, diminui a produção de leite, afeta a viabilidade de desmame e influencia com um peso menor na desmama.

Nos machos os efeitos das altas temperaturas ocasionam: diminuição da quantidade e da qualidade do esperma, diminuição da libido.

No animais de engorda observamos: menor peso na desmama e aumento da mortalidade neste período, diminuição da velocidade de crescimento, aumento do tempo de engorda, diminui o rendimento do coelho em termos de produção de carne.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

DESMAMA - MANEJO



A desmama consiste na separação dos filhotes de sua mãe.
A coelha tem um período de lactação máximo de 8 semanas, assim nesta idade o desmame é feito naturalmente com a diminuição do leite produzido pela mãe.
Os filhotes consomem pouco leite a partir da 6ª semana. Quando o desmame é feito no final da lactação é chamado de desmama tardia.
A desmama precoce se faz entre 28 e 32 dias de idade, porém temos de levar em conta o peso mínimo de 500gr. para realizá-la, pois isso nos assegura a viabilidade de vida e adequado desenvolvimento dos filhotes.
Este peso se consegue no tempo previsto dependendo do número de animais que compõe a ninhada e a disponibilidade e qualidade dos alimentos à disposição dos filhotes no momento em que começam a sair do ninho.
Levando-se em conta que existem dois tipos de desmame, se utilizará o adequado ao sistema de reprodução/criação (intensiva ou não) praticada unida a qualidade de alimento disponível.
De qualquer forma a desmama é uma fase estressante para os filhotes e nos primeiros 3 dias devemos fornecer alimento de boa qualidade disponível de forma controlada, boa higiene e com tranquilidade.
A prática da desmama oferece perigo aos filhotes que se ressentem da falta materna.
Para diminuir os riscos durante o período de pósdesmama devemos proceder da seguinte maneira:
* Colocar os filhotes desmamados em uma gaiola limpa e bem desinfetada.
* Restringir a alimentação (ração) nos primeiros dias depois da desmama, complementando com forragem seca (feno).
* Fornecer água com solução de vinagre (2%).
* Pouca manipulação dos filhotes para evitar mais estress.
* Formar grupos por sexo da mesma ninhada.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

COELHOS - TRICOFAGIA



Costume dos coelhos de comer o pelo entre si, e muitas vezes o próprio.
É um problema comum e ocorre como um "vício" tal qual uma pessoa rói as unhas, pode-se mudar este hábito colocando-se pedaços de madeira na gaiola para que os coelhos desgastem seus dentes, devido ao crescimento contínuo dos incisivos.
A tricofagia pode ter origem em várias causas:
- estados de ansiedade.
- falta de vitaminas ou fibras.
- estres.
- espaço reduzido na gaiola.
Também as fêmeas podem comer os pelos de seus ninhos.
O vício de comer pelos pode acarretar alguns prejuízos ao criador, pois em animais em que é utilizada a pele a mesma muitas vezes pode ser desvalorizada ou mesmo inutilizada.
Assim, podemos eliminar este problema aumentando ou proporcionando vitaminas ( complexo B) na água, o que colabora com a diminuição do estres.
A alimentação também tem papel importante no controle do problema da tricofagia, quando devemos fornecer ração de boa qualidade, bem como pasto ou feno (fibra).
O aporte de fibras na alimentação é importante para que ajude na expulsão das bolinhas de pelo que se formam no estômago dos coelhos.
Muitas vezes as fêmeas chegam a devorar suas crias e o canibalismo pode ocorrer até nos coelhos de engorde.
Devemos ter cuidado pois pode ocorrer ainda, que os pelos fiquem acumulados no estômago formando verdadeiras bolas que podem impedir a passagem dos alimentos causando a morte do animal, em poucos dias por desnutrição.
Portanto o cunicultor deve corrigir a alimentação com fibra, a qual deve ser de no mínimo 14%, controlando-se o problema muitas vezes em uma semana.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O BEM ESTAR NAS CRIAÇÕES DE COELHOS



Atualmente as criações de qualquer espécie estão levando em conta a situação do animal, ou seja seu bem estar.
Nas criações de coelhos independente do tamanho e do tipo a ser implantado, sempre deve levar em consideração os padrões já utilizados em outros países mais tecnificados e com tradição na cunicultura.
Para atender nossos coelhos no que diz respeito aos princípios básicos de bem estar animal, destacamos o seguinte:

* os coelhos devem ter fácil acesso a água limpa de boa qualidade e a uma alimentação que contribua para os bons níveis de saúde;
* os coelhos devem estar em ambiente (gaiolas) protegido e adequado ao descanso, reprodução e/ou engorde;
* devem ter tratamento adequado que os proteja e recupere de dores, lesões e doenças; o criatório deve ter um protocolo que previna doenças e ofereça os tratamentos necessários;
* as gaiolas devem ter espaço suficiente e serem dispostas de forma que os coelhos mesmo separados possam interagir entre si;
*  os coelhos devem sentir-se protegidos, evitando-se os sustos e o stress;
*  os coelhos devem ser protegidos de outros animais e predadores;
*  os coelhos não podem estar expostos a temperaturas extremas ou seja menos de 10º C no inverno e superiores a 30º C. no verão.

Devemos, ainda evitar a umidade excessiva no criatório e ter o cuidado de não utilizar o lança chamas para desinfectar as gaiolas com os coelhos dentro, evitando assim acidentes prejudiciais aos animais.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

DOENÇA - SINUSITE




Pode ocorrer em criações com pouca ventilação, em coelheiras com superlotação de animais com o acumulo de excrementos por debaixo das gaiolas.
Observa-se o odor de amoníaco pelo apodrecimento da urina o qual é comumente detectado.
Estes fatores causam prejuízos nas vias respiratórias dos coelhos,as vias nasais são infectadas por bactérias transmitidas pelo ar em contato direto com outros animais contaminados, bem como os utensílios usados pelos animais doentes.
A enfermidade se caracteriza por secreção do nariz (muco), que pode ou não ser notada de imediato nos períodos intermitentes do corrimento nasal, uma vez que o coelho a limpa com frequência com a ajuda das patas dianteiras.
Esta doença é extremamente contagiosa.
Existem outras formas de complicações que ocorrem a partir da sinusite ter sido contraída, a doença afeta o organismo de várias formas que podem ser:
  • o conduto conjuntivo nasolacrimal
  • através da traqueia e pulmão
  • ouvido interior, meninges e cérebro
  • através do sangue afetando órgãos, tecidos e gânglios

Muitas vezes a mortalidade ocorre em animais adultos por pneumonia depois de uma infecção por sinusite.

Os sinais da pneumonia são depressão,respiração forçada,olhos azulados e corrimento nasal, os animais apresentam febre.

                                                                                                  

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

NINHO - COMPORTAMENTO DA COELHA



A coelha tem um comportamento único entre as diversas espécies de animais, uma vez que só amamenta uma vez os filhotes e num curto período de tempo.
Isto é atribuído a proteção instintiva dos ninhos a fim de evitar a ação dos predadores.
As poucas entradas que a coelha faz no ninho contribuem para protegê-lo.
Outra característica deste comportamento das coelhas é atribuído a sua aptidão de formar ninhos em tocas - subterrâneos - e a sua incapacidade de reintroduzir os filhotes que por qualquer motivo saem do ninho, obviamente em ninhos de forma natural é difícil de acontecer pela forma que são feitos pela coelha; ocorrendo mais facilmente nas criações modernas com uso dos diversos tipos de ninho e colocados em gaiolas.
As coelhas preparam seus ninhos e dão cria nele. O parto dura 10 minutos, ao seu término a coelha alimenta seus láparos em um minuto e depois abandona o ninho.
Ao entrar no ninho a coelha fica sobre a ninhada apoiando-se firmemente na parte superior, isso proporciona aos filhotes um espaço pequeno.
Quando os láparos crescem a coelha tende a levantar-se para oferecer a prole mais espaço.Por causa do pouco tempo diário e da posição da coelha ao amamentar é evidente que a sobrevivência dos coelhinhos depende de seu grau de atenção para a entrada da mãe para alimentá-los.
Esta atenção se manifesta de forma clara porque as crias se manifestam nervosas e ativas movendo-se em torno ao grupo para alcançar o posto mais alto.  
É necessário que láparo alimente-se num curto espaço de tempo, isto regulado no tempo disponível é o que aumenta as suas possibilidades de sobrevivência. 
Os láparos que não perdem nenhuma mamada sobrevivem em sua maioria, já os que perderam uma ou mais mamada podem morrer antes dos seis dias de idade.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

COELHOS - DIARRÉIAS



Os problemas digestivos nas criações de coelhos geralmente surgem na fase de lactância ou engorde e com menor incidência nos reprodutores sendo as principais causas de perdas de animais economicamente viáveis nos grandes criatórios.
As diarreias podem ser causadas por uma grande diversidade de microorganismos, porém entre os principais podemos citar os coccidios (parasitas)e a Escherichia coli. Clostridium e Salmonella entre as bactérias.
O nível de gravidade de certos tipos de diarreias está relacionado com as condições higiênicas e sanitárias da criação. 
A enfermidade nem sempre está amparada unicamente pela presença do germe infeccioso, mas sim predisposta pelo auxílio de outras causas.
Os motivos do aparecimento das diarreias podem ser:
* Falta de higiene.
* Alta umidade.
* Alimento de má qualidade ou mal balanceado.
* Stress
* Desmama muito precoce no caso de filhotes.
O controle das diarreias se realiza mediante a prevenção: uma higiene eficaz, a utilização de sulfas quando da desmama e cuidadoso manejo dos antibióticos para não produzir resistência nos microorganismos (quando necessário) e a utilização de alimentos de qualidade. Com relação a alimentação é de vital importância para evitar diarreias a correta proporção entre proteínas e fibras.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

MAMITE OU MASTITE



É uma inflamação da glándula mamária, enfermidade das mamas, causada por uma infecção por estafilococos ou estreptococos.
A infecção pode afetar uma ou duas mamas o que permite a coelha, continuar amamentando,porém a proliferação de teta para teta é rápida.
A febre sobe para 40,5ºC ( a temperatura normal é de 39ºC); os animais ficam com pouco apetite e muita sede. As lesões das  mamas podem ser agravadas pelo tipo de ninho, chão da gaiola, mordedura dos filhote ao mamar, material do ninho, etc.
As coelhas afetadas são inquietas, perdem o apetite, rejeitam os filhotes,tem mamas quentes, inchadas, vermelhas e doloridas; a secreção láctea (leite) se torna um líquido cremoso purulento que pode deixar doente os láparos.
Como prevenção sugere-se que:
Devemos ter cuidado com a possibilidade de transmissão através da aplicação de injeções (vacinas, antibióticos, hormônios,etc).  Para tanto sempre devemos utilizar uma agulha por animal para qualquer injeção que se administre.
Ao se realizar a cobrição a coelha deve estar somente em lactação e no momento da apalpação deve ser obervado o estado das mamas.
Devemos fazer a limpeza e desinfecção dos ninhos, assim como da gaiola do macho que recebe várias fêmeas e pode ser fonte de contaminação.
Evitar a contaminação por meio do manejo adequado (cobrição,apalpação,etc).
Não transferir filhotes de uma coelha doente para outra sã.
No que diz respeito ao tratamento, devemos eliminar a coelha doente, como forma de impedir a transmissão a outros animais da criação.
Devemos, também, desinfetar o fundo da gaiola,vigiar as fontes de contágio:machos e fêmeas contaminadas; podendo ainda, e em alguns casos injetar por via subcutânea antibiótico de ação retardada por orientação de profissional que atenda pequenos animais em especial - coelhos.
  


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

VARIAÇÃO DO CRESCIMENTO DOS FILHOTES ANTES DA DESMAMA




Os filhotes recém nascidos, dependem exclusivamente do leite da coelha e das condições do ambiente proporcionado pelo ninho.
Os coelhinhos começam a sair do ninho ao redor dos 14/15 dias de idade e iniciam com alimentação sólida em torno dos 18/20 dias.
Neste momento a produção leiteira da coelha diminui devendo ser mais ou menos rápida de acordo com o intervalo entre o parto e a nova cobertura.
Se a coelha não resultar coberta, ficando só lactante a produção de leite diminuirá lenta e progressivamente.
O crescimento dos filhotes está condicionado à produção de leite da mãe;existem variações de acordo com a raça.
O intervalo entre o parto e a nova cobrição também interfere na persistência da lactação,sendo que coelhas nulíparas produzem menos  leite que as multíparas.
A produção de leite aumenta com o tamanho da ninhada, porém havendo mais filhotes haverá menos consumo individual.
O crescimento dos filhotes até os 20 dias depende da qualidade do leite ingerido, os filhotes que ao nascer são maiores, serão também mais vigorosos e terão um melhor desenvolvimento.
O manejo e a genética, a alimentação, condições ambientais e estado sanitário influenciam e determinam um correto crescimento, porém sem dúvida é a genética que transmite características físicas da velocidade do crescimento diário.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

BEBEDOUROS



Constata-se que as quantidades diárias de água consumidas pelos coelhos são muito importantes e tem relação direta com sua idade, estado produtivo, condições do meio ambiente, natureza da alimentação, temperatura e qualidade química da mesma.
Como exemplo podemos citar que uma coelha imediatamente após o parto pode ingerir quase um litro de água.
Na média diária podemos dizer que:
Reprodutoras necessitam de 500 a 600 ml de água.
Coelhos de engorda 200 a 250 ml.
Coelhas com suas ninhadas, 80 a 120 litros (desde o parto até a engorda).
Estes dados nos dão uma ideia da importância da escolha da forma do fornecimento de água aos nossos animais, em especial bebedouros.
Conforme a disponibilidade de tempo podemos utilizar bebedouros descontínuos e bebedouros contínuos.
Os bebedouros descontínuos não são recomendados em criações industriais de coelhos, salvo para aplicação de medicamentos individuais; as garrafas invertidas sobre pratos ou cumbucas de cerâmica e outros potes para "dar" água aos coelhos formam o grupo de bebedouros descontínuos.
Os bebedouros contínuos ou automáticos já amplamente utilizados fornecem aos coelhos uma quantidade regular e suficiente de água, apresentando muitas vantagens.
Devido a higiene e sanidade da água fornecida, constata-se menor incidência da síndrome diarréica, enterotoxemias e fenômenos de paralisias posparto em coelhas; assim como diminuição de acidentes com filhotes como abandono das crias e canibalismo.
Ainda, incrementa a produtividade da mão de  obra, melhora a rentabilidade do criatório ao não produzir interferências da capacidade de crescimento dos filhotes, na produtividade das coelhas e no rendimento dos coelhos em engorda.
Os bebedouros contínuos se apresentam basicamente em dois tipos: de nível constante e o de "bico".
Os de nível constante através de sistema de bóia, são aconselháveis pela comodidade que proporciona ao coelho, o qual bebe a água no recipiente que é prontamente reabastecido assim que o nível baixe.
O maior inconveniente que apresenta é o risco de contaminação por parte dos dejetos e restos de alimentos, o que obriga a uma limpeza diária.
De bico são aqueles que o coelho pressiona com a boca sobre um pequeno pino com mola ou sem e assim a água é liberada.
Temos que ter constante atenção a possíveis vazamentos decorrentes da pressão da água ou problema nos bicos; outro inconveniente é que nem todos os coelhos são capazes de beber espontaneamente nesse bebedouro, eles tem que aprender antes do desmame.
para evitar problemas podemos colocar um recipiente com água dentro da gaiola até os coelhos se acostumarem. 
A escolha de um ou outro modelo é indiferente, pois cada um apresenta vantagens e inconvenientes, suas falhas em muitos casos se devem mais, a circunstâncias de instalação e controle no funcionamento do modelo escolhido.
Os bebedouros devem estar a uma altura regulável, que facilite a localização da água a ser ingerida.
Devem ser fáceis de limpar e ter um condutor adequado para se evitar perdas de água.
Com relação a posição do bebedouro este deverá estar a uns 10 cm do piso e não deve ser introduzido mais de 2,5 cm dentro da gaiola.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

COBRIÇÃO - MONTA NATURAL




Antes da coelha ser colocada em cria, deve o cunicultor levar em conta as seguintes recomendações:
Sempre levamos a fêmea ao macho e não o macho para a gaiola da fêmea, por que do contrário o coelho pode ter inibido o seu comportamento sexual e até ser rechaçado com violência pela coelha;
Antes de levarmos a  coelha ao macho deve-se efetuar um controle sanitário dela para se evitar  problemas reprodutivos com o coelho.
Verifique se o animal não apresenta problemas respiratórios, inchaços abdominais ou enfermidades nas patas.
Acasale somente fêmeas com a vulva de cor roja e intumescida (80 a 90% de prenhez);
Depois da coelha aceitar o macho e efetivada a cobrição deixe-a repousar 5 minutos na gaiola, isto permite um relaxamento da coelha e melhora a fecundidade, após retire a coelha e a recoloque em sua gaiola.
No caso de a fêmea recusar o coelho, tente colocá-la com outro macho.
Alguns criadores praticam o duplo acasalamento, isto quer dizer que a coelha seja coberta duas vezes seguidas com um intervalo de 10 a 15 minutos, seja pelo mesmo macho ou por dois machos diferentes.
Uma técnica parecida consiste em deixar a coelha na gaiola do macho durante 5 a 20 minutos, depois de constatar uma primeira cobrição.
Estas técnicas tentam aumentar a porcentagem de coelhas cobertas, ficando ao redor de 4 a 6%.
Porém, podem apresentar o inconveniente de diminuir as cobrições por parte do macho, não devemos sobrecarregar o coelho (muitas montas) por que se corre o risco de baixar sua fertilidade.
Para ritmos de produção intensiva, utilize um macho para 7 ou 8 fêmeas.
Em sistemas de produção extensivo, utilize um macho para 10 ou15 fêmeas.
Não devemos utilizar o macho mais de 3 a 4 dias por semana ou mais de 2 a 3 vezes  por dia.
Quando em uma criação houver mais de 10 fêmeas é preciso prever pelo menos 2 machos para evitar que o exito da criação dependa de apenas um só coelho.
Sempre que o tamanho da criação permita (+ - 50 fêmeas), devemos ter um ou dois machos de reserva para suprir os que estão sendo utilizados.
É aconselhável  (em grandes criações) realizar exames andrológicos (qualidade e quantidade de espermatozóides).

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

COELHOS - REPRODUÇÂO



Um coelho está pronto para a reprodução aos 5 meses de idade.
Neste momento fase da vida temos que suprir todas as suas necessidades de proteína-  energia, vitaminas e minerais, para que principalmente a fêmea tenha uma boa ovulação.
Existem situações especiais de clima que uma coelha aos 4 meses alcança facilmente a condição de ser coberta.
Com os machos devemos ser mais exigentes. A idade mínima é de 6 meses, proceder a cobrição antes deste tempo, corremos o risco de que a coelha não fique prenhe.
Os acasalamentos dever ser realizados nas primeira horas da manhã ou da tarde, devemos sempre levar a fêmea na gaiola do macho para efetuar-se a cobrição.
Os sintomas do cio são intranquilidade da coelha, se está com outras coelhas tenta montá-las, está próxima da gaiola do macho tenta pular com intenção de entrar na gaiola.
Em geral as gaiolas para acasalamento devem ser redondas, para facilitar a cobrição evitando que a coelha se "esconda" nos cantos evitando o salto do coelho, prejudicando o acasalamento e por vezes causando ferimentos nos animais.
A vulva da coelha deve ter uma coloração que vai do roxo até a violeta, devido a maior irrigação sanguínea  estando apta para a concepção, neste estado apresenta a cauda levantada em posição característica para aceitar o macho.
Concluido o salto o coelho deve ser retirado imediatamente da gaiola da fêmea.
Podemos realizar duas montas com 12 horas de diferença entre uma e outra para confirmar a gestação. E neste prazo de doze dias devemos fazer a apalpação abdominal, um dos métodos que nos garante com precisão se a coelha está prenha.
A gravidez dura de 28 a 32 dias, sendo em média de 30 dias e durante este tempo a coelha deve receber os melhores cuidados, como alimentação de qualidade e rígida higiene.
A falsa gravidez dura 16 dias.
O tempo de utilização de uma coelha para reprodução é de dois anos, decaindo a sua capacidade reprodutiva, em termos de ninhadas, a cada nova gestação.
Devemos ter cuidado de a coelha não ficar muito tempo sem reproduzir, pois pode engordar e se tornar estéril.