segunda-feira, 21 de setembro de 2009

FATORES QUE INFLUEM NO CRESCIMENTO DOS LAPAROS ANTES DA DESMAMA



Os filhotes começam a deixar o ninho ao redor do 14 - 15 dias de idade e iniciam a comer alimentos sólidos aos 18 - 20 dias de vida.
Assim os láparos recém nascidos dependem exclusivamente do leite materno para sua sobrevivência, aliado as condições do ambiente de acordo com o ninho que os abriga; e o crescimento de uma ninhada sofre variações tais como:
* Produção Leiteira da Coelha - o desenvolvimento dos láparos está em grande parte condicionado a produção leiteira da coelha, que apresenta diferenças para a maior ou menor de acordo com a raça.
O intervalo entre o parto e a nova cobrição também influi na persistência da lactação,e, ainda as fêmeas nulíparas podem produzir menos leite que as multiparas.
* Tamanho da Ninhada - a produção leiteira aumenta com o tamanho da ninhada, porém mais filhotes, menor consumo individual dos láparos.
Convêm ressaltar que o crescimento dos láparos até os 20 dias de vida depende da quantidade de leite ingerida e os que nascem maiores, são também os mais fortes e vigorosos tendo um maior desenvolvimento.
* Outros fatôres - são os relacionados com o manejo e a genética.
A alimentação, condições ambientais e o estado sanitário dos animais, determinam um correto desenvolvimento e consequente crescimento, tudo isto sem esquecer da melhora genética que transmite características de um maior crescimento diário.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A IMPORTÂNCIA DO NINHO



A preparação e atenção com o ninho é uma atividade que parece simples, mas é necessário realizá-la com muito cuidado, pois é no período em que os filhotes estão no ninho que ocorre maior mortalidade. Devemos considerar o parâmetro de 25 a 30% de mortalidade pós-natal como um aspecto negativo, sendo que devemos considerar satisfatório a média de 12 a 18% de mortalidade quando os láparos ainda se encontrarem no ninho.
O ninho tem diferentes funções:
- Evitar a saída dos láparos, porém deve ser de fácial acesso para a coelha.
- Comodidade e tranquilidade para a coelha em seu interior.
- Fácil acesso do cunicultor para controlar a ninhada.
- Fácil limpeza e desinfecção.
- Fácil retirada e instalação.
- Apresentar em seu interior as condições climáticas adequadas ao desenvolvimento dos láparos, ou seja temperaturas entre 30 e 35 graus nos primeiros cinco dias de vida e manter-se aos 25 graus com umidade inferior a 75% em um ambiente seco e quente.
Devemos ter em mente que o ninho é um lugar potencialmente favorável ao desenvolvimento de agentes patogênicos, quando não observadas as condições de higiene, umidade e temperatura adequadas.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

CECOTROFIA



A cecotrofia é uma mecanismo fisiológico típico do coelho, com uma influência decisiva tanto em suas caracteristicas nutricionais como nos processos patológicos que se relacionam com o mesmo. O processo digestivo do coelho se efetua em uma segunda ingestão, a dos alimentos cecotrofos, o excremento mole que o animal consome diretamente do ânus, nos momentos de máxima quietude durante a noite; os quais contém alguns aminoácidos e vitaminas do complexo B, sintetizados no intestino ceco, que são essenciais para a saúde e desenvolvimento do animal.
A ingestão dos cecotrofos permite o melhor aproveitamento de alguns nutrientes, proteínas e vitaminas do complexo B, que não foram aproveitados pelo organismo do coelho.
Durante o dia, as fezes expelidas pelos coelhos são duras e grandes, neste caso não ocorre a coprofagia. As fezes noturnas são moles, menores e contém um revestimento mucoso, e os coelhos as comem logo após serem expelidas (o que caracteriza a cecotrofia). Por isso dificilmente é vista em condições fisiológicas, uma vez que o coelho coloca a cabeça entre as pernas e ingere as fezes antes que as mesmas toquem o piso.
A necessidade dos coelhos praticarem o hábito de ingerirem suas próprias fezes deve-se ao fato de a área microbiana intestinal situar-se na parte posterior do aparato digestivo, diferentemente dos ruminantes ( bovinos), nos quais se situam na parte anterior, esta parte do intestino age como uma câmara de fermentação e, é nesta área em que é quebrada a celulose da fibra, onde se obtém os nutrientes essênciais para a vida dos animais.
Considera-se que ao redor de 15 a 20% da matéria seca por dia ingerida (alimento + cecotrofo), corresponde a cecotrofos; um rol nutricional que tem mecanismo fisiológico importante, que permite reter no ceco uma digestão gástrica e entérica a fim de que as bactérias cecales atuem sintetizando as proteínas, aminoácidos essenciais e vitaminas, que graças a funcionalidade do cólon podem ser ingeridas e aproveitadas pelo animal.
Se não fosse assim, a capacidade de utilizar os produtos resultantes da atividade dos microorganismos se perderia com a eliminação das fezes. A incapacidade que por qualquer motivo impeça o coelho de ingerir suas fezes, leva o animal a várias deficiências e síndromes.