quarta-feira, 30 de junho de 2010

DOENÇAS/CONTROLE

O controle mínimo de surtos de doenças é a chave para o sucesso de uma criação, em especial a de coelhos.
Muitas doenças ocorrem por mau uso ou falta de conhecimento, podemos afirmar que as perdas são em torno de 25% em especial nas criações de médio porte e grande porte. Isso inclui coelhos (coelhos recém-nascidos), natimortos ou que morrem após poucos dias de nascimento, a morte de coelhos jovens e adultos.
A doença pode ser definida como a redução ou a suspensão do funcionamento normal de qualquer parte do órgão, ou sistema do corpo (ou combinação) que se manifesta por um conjunto de sintomas característicos. Os agentes causadores da doença desenvolvem-se continuamente no ambiente do coelho.
No entanto, muitas vezes a doença manifesta-se em alguns animais e em outros não, talvez devido a resistência genética à doença específica de alguns coelhos.
Outro fator que o cunicultor deve considerar em caso de doença é a concentração do agente. A concentração de organismos patógenos (causadores de doenças) está relacionada com a realização da higiene e com a densidade populacional de animais nas instalações.
Em raças sob confinamento, as doenças tendem a aumentar quase proporcionalmente com o aumento do número de animais no espaço dado. Ventilação, higiene e acompanhamento são importantes fatores no controle de moléstias.
A ventilação está diretamente associada com o ar de diluição. Quanto menor a ventilação maior será o número de organismos patogênicos dispersos em uma área específica, uma ventilação adequada contribui significativamente para a redução de doenças respiratórias.
O saneamento, a limpeza do ambiente bem como a utilização de produtos químicos nessa operação contribui de maneira significativa para o controle de microorganismos patogênicos.
A remoção dos dejetos das gaiolas, a desinfecção dos ninhos, bem como a remoção de pelos, reduzem o número de organismos causadores de doenças. A observação contínua dos animais, fezes e de alimentos e o consumo de água são fatores que contribuem para a prevenção precoce de doenças.
Todos os animais que foram expostos a doenças contagiosas, ou que tenham sido infectados, devem ser isolados. Também devemos isolar animais que tenham sido exibidos em feiras, ou recém adquiridos, por um período não inferior a 15 dias.
Observe os animais durante esse período e fique atento a quaisquer sinais de doença, tais como corrimento nasal e diarréia. Se você suspeitar da presença de alguma doença no lugar onde você comprou animais, previna-se com o uso de antibióticos de largo espectro, como a oxitetraciclina para a prevenção do surto da doença em sua criação. Algumas doenças podem ser diagnosticadas pelos sintomas clínicos, enquanto outros só podem ser detectadas pelo exame após a morte do animal (autópsia) e, em alguns casos, através técnicas especializadas.
Uma vez que nos familiarizarmos com a aparência normal dos órgãos internos dos animais abatidos, podemos distinguir anormalidades nos animais que morrem sem apresentar sintomas de doença evidente, o que pode contribuir para a prevenção de possíveis surtos de doenças na criação.

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