quinta-feira, 24 de julho de 2025

 




Proteção e Desempenho na Cunicultura Racional

O inverno representa um dos maiores desafios para a criação racional de coelhos, especialmente no manejo dos láparos. Nessa fase inicial da vida, a temperatura ambiente exerce influência direta na taxa de sobrevivência e no desempenho zootécnico dos filhotes.

Para garantir bons resultados produtivos, o cunicultor deve adotar medidas que assegurem conforto térmico e proteção contínua aos láparos.

1. Ambiência e isolamento térmico
O galpão deve ser fechado com cortinas ou lonas nas laterais, vedando correntes de ar. Telhados com forro ou manta térmica ajudam a manter a temperatura interna estável, especialmente durante madrugadas frias.

2. Ninho bem estruturado
Use ninhos com dimensões adequadas, revestidos com material isolante (como madeira ou papelão rígido) e com palha seca em abundância. As coelhas devem ser estimuladas a fornecer pelo para revestir o interior, formando uma barreira térmica natural.

3. Monitoramento diário
É essencial realizar inspeções diárias nos ninhos nas primeiras 72 horas após o parto. Láparos fora do ninho, ou com sinais de hipotermia (como rigidez ou inatividade), devem ser reaquecidos imediatamente e reintroduzidos com cuidado.

4. Manejo alimentar das matrizes
Coelhas lactantes exigem alimentação de alto valor energético no inverno, já que precisam manter a produção de leite e a própria temperatura corporal. Rações balanceadas e fornecimento de água em temperatura adequada são indispensáveis.

5. Planejamento reprodutivo ajustado
Nos meses mais frios, recomenda-se avaliar a redução do ritmo reprodutivo ou escalonar os partos para garantir manejo mais eficiente e menor sobrecarga no sistema de aquecimento e assistência.


Com planejamento e estrutura adequados, o inverno pode ser enfrentado com segurança e produtividade. O cuidado com os láparos não é apenas uma exigência ética, mas um fator essencial para a sustentabilidade zootécnica da criação.

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