quinta-feira, 25 de junho de 2009

A DESMAMA




Uma das fases mais importantes dentro do processo biológico do coelho é o período de desmame dos láparos.
Entende-se por desmame a separação das crias da mãe, sumprimindo por completo o regime de amamentação e alimentação láctea, para passar ao consumo normal de alimentos adequados à fase de recria.
O desmame realizar-se-á segundo os sistemas de exploração, pelo que, conforme o sistema que se adote, deixar-se-ão os coelhos na mesma gaiola em que nasceram, durante todo o período de acabamento, ou até que sejam despertados os instintos sexuais, dependendo da finalidade para que são destinados. Este período pode ser de sessenta dias para destinados ao abate e cento e cinquenta dias para os de reprodução.
A fêmea neste sistema é transferida, evitando o stress que seria causado nos coelhos pela adaptação a outro lugar desconhecido no momento em que perdem o calor materno.
Outro procedimento consiste em separar os coelhos da mãe, levando-os a gaiola de recria até o final do crescimento, como no processo anterior. Neste tipo de desmame, o stress que se produz aos separá-los da mãe e a sua adaptação a outro ambiente desconhecido, pode influenciar no seu desenvolvimento,devendo-se tomar medidas que evitem os prováveis danos e atrasos no crescimento dos láparos.
Devendo ser a desmama feita levando-se em conta o sistema de criação que o cunicultor utiliza, a mesma pode ser feita:

- quando os filhotes tem entre 28 e 35 dias, no caso em que a coelha é levada ao macho para nova cobertura entre quatro a onze dias depois do parto, se quisermos alcançar o número de oito partos por ano.
- quando a fêmea for coberta novamente no mesmo dia do parto (criação intensiva), a desmama deve ser feita 25 e 29 dias, não mais que isso.
- quando a fêmea for coberta entre 10 a 12 dias após o parto (criação semi-intensiva), a desmama deve ser feita entre 26 e 30 dias após o parto.
Nas criações sem sistema definido, os filhotes devem ser retirados da mãe a partir dos vinte e cinco dias e no mais tardar aos trinta e dois dias. O mais frequente é aos vinte e oito dias (quatro semanas).
Podemos considerar um desmame normal o feito aos 42 dias, pois a esta altura a produção leiteira da coelha se encontra em fase decrescente e corresponde a um maior consumo pelos láparos da ração fornecida á mãe. Sendo que neste momento o aparelho digestivo das crias encontra-se em boas condições para se recuperar do stress do desmame.
Observa-se no entanto a redução dos partos/ano da fêmea


É necessário desmamar os filhotes uma semana antes da realização do parto seguinte.

A ação fisiológica do desmame dos láparos age de maneira favorável na coelha, uma vez que 3 a 4 dias de efetivada ela entra em cio.




domingo, 14 de junho de 2009

DEPOIS DO PARTO

Após terminado o parto, devemos checar o ninho com muito cuidado, para constatar as condições de cada láparo.
Nesta revisão do ninho devemos observar:
* se os láparos estão quentes e bem cobertos com a camada de pelos que a coelha deve fazer para protegê-los;
* contar quantos láparos nasceram e se há algum natimorto ou doente;

* ao encontrarmos algum láparo com deformação ou morto, retirá-lo no ninho e anotar na ficha individual da coelha;

Ainda, se uma coelha parir mais de oito láparos, os restantes se possível, devem ser remanejados para outra fêmea que tenha mamas disponíveis (as coelhas tem oito mamas para amamentar o mesmo número de filhotes), e nunca "enxertar" na nova mãe mais de três láparos que deverão ter no máximo três dias de diferença dos novos irmãos.

Também, antes de pegarmos os filhotes recém-nascidos, ou fiscalizarmos o ninho, devemos lavar bem as mãos, e passá-las nas palhas do ninho "novo" principalmente quando transportamos os láparos de um para outro, para que fiquem impregnados com o cheiro de sua nova mãe e ela os aceite com mais facilidade.

Pode ocorrer, que a coelha após o parto mate os seus filhotes, ou se negue a amamentá-los. Isto acontece, quando: a fêmea não produz leite suficiente, está com alguma enfermidade nas mamas, é de primeira cria e não tem o hábito de cuidar dos filhotes, sofreu muita sede durante o parto ou pode haver carência de algum mineral em sua alimentação.




terça-feira, 9 de junho de 2009

COELHO "CROSS" - BOM PARA CARNE

Podemos formar uma linhagem de coelho, própria, que procure atender ao que queremos no que diz respeito a produção de carne. O que porém, necessita de muita dedicação, conhecimento e trabalho.

Algumas raças que podem ser utilizadas na formação de um híbrido "cross" bom de carne:






1. Chinchila - animal de cor cinza, rústico, produtor de carne de boa qualidade.


2.Califórnia - pelagem branca, exceto focinho, patas, orelhas e rabo que são escuros, alto rendimento de carne e cabeça pequena.

3. Nova Zelândia - variedade branca, precoce, apresenta grande aptidão para carne e suporta
temperaturas altas (calor).









4. Gigante de Bouscat - bom rendimento de carcaça.










Primeira cruza - 1 x 2, usando 1 como macho "A".

Primeira cruza - 3 x 4, usando 3 como macho "B".


Segunda cruza AXB, usando A como macho.

Observe, que tanto os resultados A como B, da primeira cruza devem ser conservados no mínimo um macho e uma fêmea, que se destacaram na aparência (conformação) e comportamento, objetivando a fixação desses carcteres em gerações futuras.
Deve-se ainda, buscar no resultado do cruzamento A X B, boa carcaça, cabeça pequena, temperamento nobre, partos numerosos mas não excessivos e pele firme.
É importante trocar animais e experiências com outro criador que faça seleção idêntica, para evitar-se a consanguinidade extrema, o que traria sem dúvida prejuízos a criação.
Agindo assim, obteremos um coelho típico, onde desenvolveremos animais com genes que garantam as qualidades que buscamos, tornando-se dominantes a cada nova geração.