terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DURAÇÃO ÚTIL DOS COELHOS REPRODUTORES


A duração útil dos coelhos reprodutores depende da prolificidade das coelhas, da qualidade dos descedentes e do método de reprodução utilizado, chegando ir de um ano a quatro anos.
Fazendo-se uma seleção rigorosa, pode-se calcular que ao fim de um ano ainda se dispõe de 50% dos reprodutores explorados; ao fim de dois anos, de 30%; ao fim de três, de 15 % aos quatro, de 10%. Estes 10% são de grande valor, sobretudo se os rendimentos da descendência são bons. Conlcui-se assim que quanto mais tempo se empregar um reprodutor a pleno rendimento menores são as despesas unitárias de criação por láparo e menor o risco de doenças nas crias.
O número de animais que se guarda como reprodutores será sempre superior ao estritamente necessário, porque contando com uma vida econômica de dois anos, deve-se manter uma reserva de reprodutores jovens, equivalente à quarta parte de reprodutores em atividade para a substituição de reprodutores rejeitados ou mortos.
O índice de perdas de animais adultos, por ano, deve ser inferior a 2%.
As reprodutoras devem ser mantidas em atividade durante dois anos, o que corresponde a um período de reprodução de 18 meses, tendo em conta que as fêmeas se mantêm até a nona ou décima ninhadas. Assim o rendimento diminui porque as ninhadas são menores, o que também ocorre nas ninhadas das coelhas jovens.
Outro dado que devemos levar em conta é que as ninhadas no princípio do ano costuma ser maiores que as do fim da temporada, ainda que tal dependa em grande parte das condições em que se desenvolve a criação (galpão,gaiolas,etc).

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

COELHOS: BEM ESTAR, CONFORTO E PRODUÇÃO


Temperatura - podemos considerar como um fator importante, uma vez que sua influência gera efeitos sobre:
* A sanidade: o frio é um dos grandes responsáveis pela mortalidade dos láparos ainda no ninho, por ser fator preponderante para a ocorrência de problemas respiratórios.
* A reprodução: o calor tem efeitos negativos, favorecendo as coelhas baixos índices de fertilidade.
As fêmeas se manifestam pouco receptivas (vulva branca), ou infecundas.
* A conversão alimentar: observamos que em temperaturas baixas o consumo de alimentos aumenta, dimuindo a medida que a mesma aumenta.
Devido a isso, no verão devemos reduzir ao máximo o calor no criatório, utilizando sistemas de evaporação de água, proteção vegetal e outros.

Umidade - é importante o controle da umidade, uma vez que o excesso pode originar a proliferação de microorganismos que causam doenças na criação.
Seu efeito cria um ambiente que favorece o desenvolvimento principalmente de doenças respiratórias. No inverno é importante reduzir a umidade, aumentando-se a temperatura interna do galpão, porém no verão quando a temperatura é elevada, torna-se necessário aumentar a umidade para reduzir o calor.

Ventilação - o bjetivo da renovação do "ar viciado" é assegurar a adequada oxigenação dos animais que respiram dióxido de carbono, além do que os dejetos liberam amoníaco que ao dispersar-se no ar do criatório, em concentrações de 10 ppm, dá origem ao desagradável "odor de coelhos", provocando ainda irritações nos olhos, fossas nasais, imunodeprime os animais, facilitando também o aparecimento da síndrome respiratória.
A ventilação, elimina o pó, controla a temperatura e umidade.

Iluminação - Devemos ter uma boa distribuição de luz, evitando partes do criatório com iluminação e partes escuras.
Para um bom aproveitamento da iluminação artificial devemos ter uma distância máxima de 4 metros entre uma e outra fonte de luz.
Na área de maternidade devemos manter uma média de 16 horas de luz durante todo o ano para favorecer a fertilidade e prolificidade.

Densidade - 30 a 35 kg de peso vivo por metro quadrado de gaiola, sendo o ideal de7 a 8 animais por gaiola de engorda.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

VARIAÇÃO DE CRESCIMENTO ANTES DA DESMAMA


Os láparos recém nascidos dependem exclusivamente do leite materno para sua alimentação, além das condições de ambiente favoráveis proporcionado por um ninho adequado.
Os filhotes começam a sair do ninho com 14-15 dias de vida e iniciam sua alimentação sólida ao redor dos 18-20 dias.
Nesta fase a produção leiteira da coelha decresce, situação que será tanto mais rápida quanto mais curto for o intervalo entre o parto e a nova cobrição.
Se a fêmea não for coberta e se mantiver só lactante a produção de leite diminui progressiva e lentamente.

* Influência da coelha-mãe: o crescimento dos láparos está em grande parte condicionado a produção leiteira da coelha.
Existem diferenças segundo a raça.
O intervalo entre parto-cobrição também influi no tempo de lactação.
As coelhas nulíparas produzem menos leite que as multíparas.

* Influência do tamanho da ninhada: a produção leiteira aumenta de acordo com o número de filhotes da ninhada, porém mais láparos menor consumo individual de leite por filhote.
O crescimento dos filhotes até os 20 dias, depende da quantidade de leite ingerida.
Os láparos maiores e mais vigorosos ao nascer também terão um maior desenvolvimento.

*Influência de outros fatôres: são os relacionados com o manejo e a genética.
A alimentação, condições ambientais e o estado sanitário determinam um correto crescimento, porém não podemos nos descuidar da melhora genética que trasnsmite cracterísticas fixas com relação a velocidade de crescimento.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

COELHA - FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRODUÇÃO DE LEITE


São vários fatôres que influenciam na produção de leite da coelha. Sendo que esta varia em função da idade dos láparos - 17% produzida durante a primeira semana, 25% na segunda, sendo 32% na terceira e 26% entre os 21 e 28 dias de vida dos filhotes.
Esta variação produz uma curva assimétrica com o pico nos 18/19 dias de lactação.
O número de filhotes também influem na produção de leite de tal modo que, maior número de crias, maior produção de leite.
As coelhas multíparas produzem maior quantidade de leite que as primíparas.
O número de mamas também tem influencia na produção de leite, de modo que as coelhas que possuem mais de oito tetas, produzem entre 2 e 5% a mais de leite.
Fatores genéticos também influem de tal modo que animais (fêmeas) híbridos (cruzados), produzem mais leite que os de raça pura.
As coelhas são mais sensíveis a altas temperaturas que as baixas, as condições de conforto situam-se ao redor dos 23ºC, ocorrendo uma diminuição importante da produção de leite em torno dos 30ºC
As reprodutoras, criadas com uma alimentação balanceada e controlada, tem maior produção durante a primeira lactação.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PSEUDOGESTAÇÃO


Pseudogestação ou falsa gravidez é um estado em que as coelhas se comportam como se estivessem cobertas.
Algumas coelhas por volta dos 17 dias após a cobrição apresentam algumas manifestações como se estivessem em gestação, ou seja tentam fazer o ninho, muitas vezes desenvolvem as mamas, etc.

A fêmea no cio, libera óvulos maduros estimulada pela presença do coelho e do consequente salto. Quando os óvulos não são fecundados, ocorre uma pseudogestação, que dura 15 a 18 dias. O início e o desenvolvimento dos corpos lúteos e o do útero são os mesmos que na gestação. Porém nesta fase a fêmea não é fecundada e sua regressão acontece ao redor do 12º dia, desaparecendo sob a ação de um fator luteolítico secretado pelo útero,(prostaglandina).
O fim da pseudogestação é acompanhada pelo aparecimento de um comportamento materno e construção do ninho, junto a reduzida taxa de progesterona no sangue.

Se em nossa criação constatarmos a ocorrência de falsa gestação em uma ou mais coelhas, devemos prestar atenção na fertilidade do macho reprodutor utilizado, o coelho pode ser sexualmente ativo porém esteríl.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PROBLEMAS REPRODUTIVOS - RECEPTIVIDADE

O exito da criação através da reprodução depende da receptividade, que nada mais é que a aceitação do macho pela coelha. Quando a receptividade é boa a coelha uma vez coberta sofre uma série de alterações hormonais permitindo a ovulação e a fecundação de um número elevado de embriões.
Porém, quando a receptividade é baixa, também o são as descargas hormonais, que originam cobrições negativas e ninhadas de reduzido número de láparos.
Vários fatôres afetam a receptividade, os quais destacamos: numero de láparos lactantes por coelha, condição física geral, condições ambientais, etc. Outros fatores de estréss, como a excessiva manipulação dos animais podem afetar a receptividade sexual.
Suponhamos que a coelha esteja receptiva, aceita o coelho, porém não fica coberta - falta fertilidade - ou fica coberta, mas com um número de embriões baixo, poucos - subfecundidade - nestes casos devemos examinar as causas:
Dentre as que podem se relacionar com o manejo, podemos citar:
- Falta de peso.
- Mal estado sanitário.
- Temperaturas elevadas ou muito baixas.
- Falta de luz: em criações sem luz artificial pode ocorrer baixa fertilidade quando o período de luz for inferior a 14/16 horas.
- Quando o macho não for fértil ou estiver sobrecarregado por montas excessivas.
- Esforço excessivo na lactação.
- Fatores genéticos.
- Indivíduos pouco produtivos devido a idade.
- Alimentação incorreta.
- A administração de vacinas ou medicamentos antes da cobrição.
O coelho é uma espécie considerada como uma das mais sensíveis as condições ambientais, de manejo e patológicas. Sendo assim, as coelhas devem chegar ao momento da cobrição, sãs, apresentando um peso adequado; não muito magras e também não excessivamente gordas, porém fortes.
Salientamos ser o peso, um fator preponderante como causa da infertilidade.
Cada criação possui caracterísiticas próprias, determinadas pela construção, clima, qualidade dos animais, como também os fatores de risco serão diferentes dependendo do manejo aplicado por cada cunicultor.
Portanto o criador deve organizar um protocolo de manejo, que deve adaptar-se a cada tipo de coelha - reposição, primeiro parto, multiparas, atrasadas - inclusive aconselha-se aplicar sistemas de bioestimulação para melhorar a receptividade. A aplicação de programas de luz, programas alimentares específicos para cada estado fisiológico, etc., ajudam a manter a coelha em boas condições fisiológicas e sanitárias; o que contribui para a manifestação do cio no momento certo, nos garantindo assim uma boa receptividade.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

LÁPAROS / CUIDADOS


Ao nascer os coelhos (láparos) são incapazes de manter a temperatura necessária ao bom funcionamento do seu organismo.
Devido a isso durante os primeiros dias a temperatura do ninho deve oscilar entre 30 e 35 graus centígrados, temperatura essa que colabora para o bom estado da ninhada, protegendo a saúde e o desenvolvimento dos filhotes.
O ninho é um acessório indispensável e de vital importância para o desenvolvimento dos láparos em seus primeiros dias de vida, uma vez que ele cumpre o papel de primeira proteção. Ele deve ser limpo, seco e se necessário devemos trocar a palha, maravalha ou o material de que é formado.
Deve ser retirado ao redor dos 20 - 21 dias, um pouco antes da desmama.
No que diz respeito a mortalidade que ocorre durante a lactação, as causas são inúmeras e se manifestam devido a erros no manejo e forma de condução da exploração.
O abandono da ninhada pela coelha durante a amamentação pode ser em decorrência de falta de leite, sustos ou ainda os "calos nas patas", porém pode ser motivado pela falta de água e mudanças bruscas de temperatura, fatores estes que também devem ser levados em conta pelo criador.
A mortalidade que ocorre desde o nascimento até o desmame é um fator que merece atenção dos criadores. Um índice de mortalidade de 12 a 18% durante este período pode ser considerado normal (em um ano). Porém muitas vezes ocorre uma porcentagem maior de 25 a 30% e as vezes mais.
Os láparos mais pequenos de uma ninhada são os mais fracos e menos visíveis, mais fáceis de morrer e com menor desenvolvimento. As ninhadas maiores, se não forem acompanhadas e com manejo adequado, podem apresentar uma mortalidade elevada, muitas vezes sendo necesário a transferência de filhotes para outras coelhas lactantes.
Constatamos baixas taxas de mortalidade em ninhadas de 7 a 10 filhotes.