DETECTAR A DOENÇA

As vezes torná-se difícil de diagnosticar uma doença em seus coelhos. Você precisa "conhecer" seus animais para entender quando estão estressados ​​ou doentes.

• "Lamber excessivo" é um dos melhores indicadores de que o seu coelho está doente.
• Consumo excessivo de água pode também ser um sinal.
• Nós recomendamos sempre a olhar para os seus olhos e nariz para detectar qualquer corrimento.
• Apalpe as costas para constatar mudanças de peso.
• Cadeia fecal: um coelho com problemas de estômago irá produzir uma corrente fecal e depois consumir. Os organismos probióticos  na cadeia fecal vai ajudá-los a regular problemas digestivos. 
• Verificar as glândulas de cheiro em ambos os lados do ânus para a descarga de um material "ceroso". Você vai precisar  limpar esta área quando necessário, geralmente notamos um "cheiro" indicando que as glândulas odoríferas precisam ser limpas. Glândulas odoríferas entupidas pode causar uma infecção.
• Quanto ao estresse, cada animal terá diferentes estressores no seu ambiente. Latidos de cães, grande circulação de animais ou de pessoas,etc.
• Por isso devemos aprender a observar nossos coelhos, para facilmente identificar prováveis problemas em sua saúde. 

A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

Atualmente a criação de coelhos se faz  através de  métodos modernos, que utilizam ração granulada.

Para obtermos um aproveitamento eficaz  é preciso utilizar um alimento completo que não precise de complementos extras; e a quantidade de umidade destes alimentos(ração) é de no máximo 14%, devendo ser considerados secos e em hipótese alguma podem suprir a necessidade de água dos coelhos.

Com o objetivo de demonstrar a importância da água na alimentação dos coelhos é conveniente dizer que um kilo de músculo contém 775gr. de água e que uma coelha em lactação pode produzir mais de um quarto de leite por dia.

Se quisermos obter uma lactação normal e um rápido crescimento é necessário prover bem de água os coelhos.

Observa-se também que uma porção de água ingerida é necessária para eliminar substâncias do organismo através das fezes, urina, respiração, etc.

A quantidade de água consumida pelos coelhos são elevadas, embora muito variáveis, segundo a raça, o estado fisiológico e a temperatura ambiente.

Por exemplo, uma coelha consome ao redor de 1 litro de água nas horas seguintes ao parto.

No verão uma fêmea com sua ninhada pode chegar a consumir 4 litros de água por dia.

De forma geral se estima que a quantidade consumida por uma fêmea e seus filhotes desde o nascimento até a venda ou abate é de 80/120 litros de água.

A falta de água aos coelhos pode acarretar um deficit no aproveitamento dos alimentos, através da diminuição do consumo e por consequência retardar o seu desenvolvimento.

Antes da desmama os filhotes coeçam a consumir pequenas quantidades de alimento sólido - ração granulada -.  Isto ocorre, quando atingem umas  três semanas de idade, acentuando-se

na quarta semana de vida.

Em caso de ingerirem pouca água, esta iniciação no consumo de alimento sólido não acontece o que provoca frequentes problemas de adaptação e diarréias nos dias que sucedem ao desmame.

A ingestão normal de água pelo coelho é o dobro do que consome de matéria seca de alimento.

Necessidade de água:

Coelhos adultos - 0,5 a 0,6 litros/dia.

Fêmeas em gestação - 1,0 a 1,5 litros/dia.

Fêmeas em lactação - com 8 láparos de idade inferior a 3 semanas - 1,5 a 2,0 litros dia.

                                      - com láparos de idade superior a 3 semanas - 2,0 a 3,0 litros dia.    

Láparos com mais de 8 semanas - 0,2 a 0,3 litros dia. 

   

A COELHA IDEAL

O tipo de fêmea considerado ideal, tem que apresentar um peso de 4 a 4,5kg (dependendo da raça) pois observa-se que os filhotes de coelhas grandes são os que crescem mais rápido (velocidade de crescimento).

Tem que ter boa capacidade de produção de leite - quando revisamos o ninho os filhotes tem que estar quietos, tranquilos,dormindo, bem alimentados.

A coelha deve ter excelente saúde, não importando quantos filhotes nascem, mas sim quantos são desmamados e o ideal é que seja uma ninhada uniforme e sem animais raquiticos ou pouco desenvolvidos.

O mais importante são coelhas produtivas - isto se mede em animais de uma ninhada desmamada aos 30 dias, pelo peso total da ninhada. A melhor coelha é a que desmama mais peso por kilo vivo.
Deve ser mãe tranquila e carinhosa, não podendo ser agressiva. 
As coelhas boas deixam o ninho ser revisado no momento pós parto, não se assustam e não abandonam o ninho ou suas crias.
Se as coelhas são tranquilas seus filhoes seguem o exemplo e não são assustadiços. 
O melhoramento genético começa apartir da seleção da fêmeas produtivas. 
Dessas mães se escolhem os melhores filhotes das melhores ninhadas para poder (com esses novos animais) formar um banco genético.
Deste plantel especial descenderão todos os futuros reprodutores do criatório.

A estas coelhas se dá um maior tempo de descanso; devem ter uma resistência natural para as doenças e se ficarem doentes devem ser imediatamente descartadas.

As coelhas deste plantel (banco genético) servem unicamente para produzir os futuros reprodutores e não para produzir carne, continuamente se separa os melhores filhotes das melhores ninhadas para ir substituindo os velhos reprodutores e a mães improdutivas. Mediante uma seleção constante de várias gerações e através dos anos se pode fixar o carácter desejado: a produtividade das coelhas.
Os bons reprodutores muitas vezes não se compram, são quase impossíveis de se adquirir e muitas vezes não se adaptam a criação;os que são gerados dentro da criação demonstram o trabalho e o despreendimento do criador, proporcionando uma enorme satisfação.

COELHOS - HIGIENE NA CRIAÇÃO

O maior obstáculo para as explorações de coelhos geralmente concentra-se nas doenças dos animais, daí a importância da higiene, que na verdade é o fundamento que mantém a estrutura econômica da exploração, consistindo em: saúde, genética e alimentação.

Deve então, o criador evitar ou reduzir os problemas patológicos, propagação ou transmissão, assegurar o desempenho produtivo dos animais  e ter cuidados a fim de que não se altere ou contamine os alimentos e por conseguinte os coelhos.

Os criadores que, querem fazer uma boa higiene devem adotar uma série de medidas para limpar e cuidar do ambiente de seus animais;  trabalhando em diferentes áreas de ação e não negligenciar nunca, mantendo-se sempre atento a qualquer problema higiênico-sanitário.

Os conceitos de higiene na criação com relação aos coelhos, dividem-se em várias atividades e diferentes naturezas,podendo estar relacionada com a higiene do ambiente, o que afeta o ambiente operacional e o ambiente interno do criatório (galpão,materiais e equipamentos,etc).

 As acomodações do criatório, como vai ser instalado, o ambiente será ao ar livre, natural ou controlado? A orientação do local e isolamento das instalações de outros animais, terá influência no desenvolvimento e minimizará ou aumentará os cuidados higienicos e sanitários.

Devido a isso é essencial satisfazer as condições necessárias para manter a higiene constante, isto significa superar uma série de requisitos de localização, implantação e manutenção.

Os cunicultores devem fazer da cunicultura uma atividade produtiva com o objetivo claro de lucro e rentabilidade. 

Para que isso ocorra durante o ano deve atender uma série de aspectos que não alterem a produtividade dos animais.

O crescimento da vegetação espontânea (capoeiras), material usado empilhado, fezes e material de ninho espalhados no ambiente contribuem para a proliferação de insetos e animais que podem ser portadores de doenças.

Assim uma medida de higiene é baseada em manter limpa toda a área da criação interna e externa.

O contato repetido dos coelhos com seu ambiente e equipamento significa que eles tendem a ser um veículo para a difusão de componentes microbianos, que pode ser incluído como uma forma de poluição mais passiva, direta ou indireta de contato de elementos estáticos com animais alojados.A essência reside na prevenção de lixo, líquidos ou sólidos, alimentos sujos, bebida, utensílios, gaiola e do corpo do coelho está estreitamente relacionado com a instalação e isso depende da necessidade de sempre fazer o coleta ou tratamento.

Comedouros e bebedouros devem ser mantidos limpos, e cuidadosamente limpos depois de cada desinfecção.O mesmo deve atuar nas caixas ninho após cada desmame. Não devem ser esquecidos, pisos e paredes, bem como pontos de luz, vidros, carrinhos de limpesa, etc.

O uso de produtos antimicrobianos é hoje insdipensável para uma desinfecção adequada.A desinfecção está no controle e destruição de agentes patogênicos biológicos de coelhos e pode ser efectuada por meios físicos ou químicos. Meios químicos têm, em geral, a mais importante do que o físico. Deve-se notar a importância de ser capaz de usar os produtos da presença de animais como na maioria das fazendas de ocupação agrícola coelho é permanente. Para garantir a desinfecção adequada, a limpeza deve ser realizada antes e que os restos de sujeira ou matéria orgânica para inativar parte da ação de desinfetantes, reduzindo o seu poder de penetração. 

Existem vários produtos para desinfecção do ambiente, mas sua ação germicida não é a mesma para todas as situações, assim devemos procurar aplicar a que melhor se adapte ao problema.

TEMPERATURAS ALTAS

Os coelhos são sensíveis as trocas de temperatura, em especial as temperaturas mais altas.

Os animais mais afetados pelo calor são os filhotes antes dos 18 dias de idade e as fêmeas depois de 15 dias de prenhez.

Durante a época de calor os alojamentos (galpão) devem estar bem ventilados, porém sem a presença de correntes de ar fortes. Os raios de sol podem entrar pelas primeiras horas do dia e o cunicultor não deve deixar faltar água fresca aos coelhos.

Notamos que os filhotes estão sofrendo com o calor, quando estão inquietos, tendem a isolar-se e em alguns casos abandonam o ninho antes dos 18 dias de vida.

Os animais adultos apresentam excessiva umidade no nariz, respiração acelerada e em alguns casos pequenas hemorragias ao redor do nariz.

Para baixar a temperatura dentro do criatório, podemos molhar o chão(piso), evitando sempre não molhar os coelhos; cobrir as gaiolas com sacos úmidos, cuidando para que não gotejem sobre os coelhos e que não atrapalhem a circulação do ar.

ADOÇÃO OU TRANSFERÊNCIA DE LÁPAROS

 A adoção ou transferência de láparos são conceitos que visam uma maior produção no que tange a criação de coelhos.

Sabemos que o número de láparos nascidos vivos entre os coelhos de uma mesma ninhada é muito variável. Assim a transferência de filhotes de uma coelha que pariu muitos filhotes para outra que teve menos filhotes, ou por algum outro motivo nasceram mortos, vai proporcionar um crescimento similar dos coelhos da ninhada, um maior peso ao desmame e menor estresse dos filhotes.
Devemos proceder as transferências (adoções), utilizando-se padrões mínimos tais como:
É recomendável que não se transfira mais de 1 a 3 láparos por coelha (especialmente em primíparas.

É aconselhável que o cunicultor ao realizar o procedimento esteja livre de odores fortes (desinfetantes,perfumes...) e em perfeitas condições de higiene.

Uma boa prática é esfregar ou passar as mãos no pelo da coelha nova antes de pegar os láparos afim de evitar a rejeição, também podemos friccionar nas mãos ervas como funcho, cidreira, etc.

As adoções ou transferências devem ser realizadas nos três primeiros dias após o parto, observando-se que os láparos transferidos devem ter o mesmo peso e idade da ninhada receptora, não devendo existir uma diferença entre eles de mais de 48 horas.

Algumas dúvidas pairam sobre este procedimento, dentre as quais destacamos: uma coelha terá condições de produzir leite quando introduzirmos mais filhotes aumentando a sua ninhada? Será capaz de produzir leite suficiente e todos os filhotes atingirão o peso ideal na desmama?

Estudos recentes indicam que a adaptação da quantidade de leite produzido pela coelha, é influenciado pelo número de filhotes, assim a coelha produzirá o leite necessário a criação dos láparos desde que a transferência seja feita nos primeiros dias pós-parto (3).

Geralmente devemos dar tempo aos filhotes a serem transferidos de mamar o colostro da mãe, antes de serem separados, mas se isso não for possível porque a trasnferência torna-se urgente, devemos ter em mente que os láparos encontram-se protegidos de alguma forma pelos anticorpos produzidos pela mãe e levados aos láparos pela placenta.
A adoção é mais frequente e segura, quando na criação, programamos vária coelhas para que tenham partos no mesmo dia; porém, para que as adoções tenham sucesso e auxiliem na melhora da produção, o cunicultor deve manter registros e conhecer as reprodutoras que são prolíficas e com boa produção de leite.