quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

DOENÇA - SINUSITE




Pode ocorrer em criações com pouca ventilação, em coelheiras com superlotação de animais com o acumulo de excrementos por debaixo das gaiolas.
Observa-se o odor de amoníaco pelo apodrecimento da urina o qual é comumente detectado.
Estes fatores causam prejuízos nas vias respiratórias dos coelhos,as vias nasais são infectadas por bactérias transmitidas pelo ar em contato direto com outros animais contaminados, bem como os utensílios usados pelos animais doentes.
A enfermidade se caracteriza por secreção do nariz (muco), que pode ou não ser notada de imediato nos períodos intermitentes do corrimento nasal, uma vez que o coelho a limpa com frequência com a ajuda das patas dianteiras.
Esta doença é extremamente contagiosa.
Existem outras formas de complicações que ocorrem a partir da sinusite ter sido contraída, a doença afeta o organismo de várias formas que podem ser:
  • o conduto conjuntivo nasolacrimal
  • através da traqueia e pulmão
  • ouvido interior, meninges e cérebro
  • através do sangue afetando órgãos, tecidos e gânglios

Muitas vezes a mortalidade ocorre em animais adultos por pneumonia depois de uma infecção por sinusite.

Os sinais da pneumonia são depressão,respiração forçada,olhos azulados e corrimento nasal, os animais apresentam febre.

                                                                                                  

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

NINHO - COMPORTAMENTO DA COELHA



A coelha tem um comportamento único entre as diversas espécies de animais, uma vez que só amamenta uma vez os filhotes e num curto período de tempo.
Isto é atribuído a proteção instintiva dos ninhos a fim de evitar a ação dos predadores.
As poucas entradas que a coelha faz no ninho contribuem para protegê-lo.
Outra característica deste comportamento das coelhas é atribuído a sua aptidão de formar ninhos em tocas - subterrâneos - e a sua incapacidade de reintroduzir os filhotes que por qualquer motivo saem do ninho, obviamente em ninhos de forma natural é difícil de acontecer pela forma que são feitos pela coelha; ocorrendo mais facilmente nas criações modernas com uso dos diversos tipos de ninho e colocados em gaiolas.
As coelhas preparam seus ninhos e dão cria nele. O parto dura 10 minutos, ao seu término a coelha alimenta seus láparos em um minuto e depois abandona o ninho.
Ao entrar no ninho a coelha fica sobre a ninhada apoiando-se firmemente na parte superior, isso proporciona aos filhotes um espaço pequeno.
Quando os láparos crescem a coelha tende a levantar-se para oferecer a prole mais espaço.Por causa do pouco tempo diário e da posição da coelha ao amamentar é evidente que a sobrevivência dos coelhinhos depende de seu grau de atenção para a entrada da mãe para alimentá-los.
Esta atenção se manifesta de forma clara porque as crias se manifestam nervosas e ativas movendo-se em torno ao grupo para alcançar o posto mais alto.  
É necessário que láparo alimente-se num curto espaço de tempo, isto regulado no tempo disponível é o que aumenta as suas possibilidades de sobrevivência. 
Os láparos que não perdem nenhuma mamada sobrevivem em sua maioria, já os que perderam uma ou mais mamada podem morrer antes dos seis dias de idade.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

COELHOS - DIARRÉIAS



Os problemas digestivos nas criações de coelhos geralmente surgem na fase de lactância ou engorde e com menor incidência nos reprodutores sendo as principais causas de perdas de animais economicamente viáveis nos grandes criatórios.
As diarreias podem ser causadas por uma grande diversidade de microorganismos, porém entre os principais podemos citar os coccidios (parasitas)e a Escherichia coli. Clostridium e Salmonella entre as bactérias.
O nível de gravidade de certos tipos de diarreias está relacionado com as condições higiênicas e sanitárias da criação. 
A enfermidade nem sempre está amparada unicamente pela presença do germe infeccioso, mas sim predisposta pelo auxílio de outras causas.
Os motivos do aparecimento das diarreias podem ser:
* Falta de higiene.
* Alta umidade.
* Alimento de má qualidade ou mal balanceado.
* Stress
* Desmama muito precoce no caso de filhotes.
O controle das diarreias se realiza mediante a prevenção: uma higiene eficaz, a utilização de sulfas quando da desmama e cuidadoso manejo dos antibióticos para não produzir resistência nos microorganismos (quando necessário) e a utilização de alimentos de qualidade. Com relação a alimentação é de vital importância para evitar diarreias a correta proporção entre proteínas e fibras.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

MAMITE OU MASTITE



É uma inflamação da glándula mamária, enfermidade das mamas, causada por uma infecção por estafilococos ou estreptococos.
A infecção pode afetar uma ou duas mamas o que permite a coelha, continuar amamentando,porém a proliferação de teta para teta é rápida.
A febre sobe para 40,5ºC ( a temperatura normal é de 39ºC); os animais ficam com pouco apetite e muita sede. As lesões das  mamas podem ser agravadas pelo tipo de ninho, chão da gaiola, mordedura dos filhote ao mamar, material do ninho, etc.
As coelhas afetadas são inquietas, perdem o apetite, rejeitam os filhotes,tem mamas quentes, inchadas, vermelhas e doloridas; a secreção láctea (leite) se torna um líquido cremoso purulento que pode deixar doente os láparos.
Como prevenção sugere-se que:
Devemos ter cuidado com a possibilidade de transmissão através da aplicação de injeções (vacinas, antibióticos, hormônios,etc).  Para tanto sempre devemos utilizar uma agulha por animal para qualquer injeção que se administre.
Ao se realizar a cobrição a coelha deve estar somente em lactação e no momento da apalpação deve ser obervado o estado das mamas.
Devemos fazer a limpeza e desinfecção dos ninhos, assim como da gaiola do macho que recebe várias fêmeas e pode ser fonte de contaminação.
Evitar a contaminação por meio do manejo adequado (cobrição,apalpação,etc).
Não transferir filhotes de uma coelha doente para outra sã.
No que diz respeito ao tratamento, devemos eliminar a coelha doente, como forma de impedir a transmissão a outros animais da criação.
Devemos, também, desinfetar o fundo da gaiola,vigiar as fontes de contágio:machos e fêmeas contaminadas; podendo ainda, e em alguns casos injetar por via subcutânea antibiótico de ação retardada por orientação de profissional que atenda pequenos animais em especial - coelhos.
  


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

VARIAÇÃO DO CRESCIMENTO DOS FILHOTES ANTES DA DESMAMA




Os filhotes recém nascidos, dependem exclusivamente do leite da coelha e das condições do ambiente proporcionado pelo ninho.
Os coelhinhos começam a sair do ninho ao redor dos 14/15 dias de idade e iniciam com alimentação sólida em torno dos 18/20 dias.
Neste momento a produção leiteira da coelha diminui devendo ser mais ou menos rápida de acordo com o intervalo entre o parto e a nova cobertura.
Se a coelha não resultar coberta, ficando só lactante a produção de leite diminuirá lenta e progressivamente.
O crescimento dos filhotes está condicionado à produção de leite da mãe;existem variações de acordo com a raça.
O intervalo entre o parto e a nova cobrição também interfere na persistência da lactação,sendo que coelhas nulíparas produzem menos  leite que as multíparas.
A produção de leite aumenta com o tamanho da ninhada, porém havendo mais filhotes haverá menos consumo individual.
O crescimento dos filhotes até os 20 dias depende da qualidade do leite ingerido, os filhotes que ao nascer são maiores, serão também mais vigorosos e terão um melhor desenvolvimento.
O manejo e a genética, a alimentação, condições ambientais e estado sanitário influenciam e determinam um correto crescimento, porém sem dúvida é a genética que transmite características físicas da velocidade do crescimento diário.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

BEBEDOUROS



Constata-se que as quantidades diárias de água consumidas pelos coelhos são muito importantes e tem relação direta com sua idade, estado produtivo, condições do meio ambiente, natureza da alimentação, temperatura e qualidade química da mesma.
Como exemplo podemos citar que uma coelha imediatamente após o parto pode ingerir quase um litro de água.
Na média diária podemos dizer que:
Reprodutoras necessitam de 500 a 600 ml de água.
Coelhos de engorda 200 a 250 ml.
Coelhas com suas ninhadas, 80 a 120 litros (desde o parto até a engorda).
Estes dados nos dão uma ideia da importância da escolha da forma do fornecimento de água aos nossos animais, em especial bebedouros.
Conforme a disponibilidade de tempo podemos utilizar bebedouros descontínuos e bebedouros contínuos.
Os bebedouros descontínuos não são recomendados em criações industriais de coelhos, salvo para aplicação de medicamentos individuais; as garrafas invertidas sobre pratos ou cumbucas de cerâmica e outros potes para "dar" água aos coelhos formam o grupo de bebedouros descontínuos.
Os bebedouros contínuos ou automáticos já amplamente utilizados fornecem aos coelhos uma quantidade regular e suficiente de água, apresentando muitas vantagens.
Devido a higiene e sanidade da água fornecida, constata-se menor incidência da síndrome diarréica, enterotoxemias e fenômenos de paralisias posparto em coelhas; assim como diminuição de acidentes com filhotes como abandono das crias e canibalismo.
Ainda, incrementa a produtividade da mão de  obra, melhora a rentabilidade do criatório ao não produzir interferências da capacidade de crescimento dos filhotes, na produtividade das coelhas e no rendimento dos coelhos em engorda.
Os bebedouros contínuos se apresentam basicamente em dois tipos: de nível constante e o de "bico".
Os de nível constante através de sistema de bóia, são aconselháveis pela comodidade que proporciona ao coelho, o qual bebe a água no recipiente que é prontamente reabastecido assim que o nível baixe.
O maior inconveniente que apresenta é o risco de contaminação por parte dos dejetos e restos de alimentos, o que obriga a uma limpeza diária.
De bico são aqueles que o coelho pressiona com a boca sobre um pequeno pino com mola ou sem e assim a água é liberada.
Temos que ter constante atenção a possíveis vazamentos decorrentes da pressão da água ou problema nos bicos; outro inconveniente é que nem todos os coelhos são capazes de beber espontaneamente nesse bebedouro, eles tem que aprender antes do desmame.
para evitar problemas podemos colocar um recipiente com água dentro da gaiola até os coelhos se acostumarem. 
A escolha de um ou outro modelo é indiferente, pois cada um apresenta vantagens e inconvenientes, suas falhas em muitos casos se devem mais, a circunstâncias de instalação e controle no funcionamento do modelo escolhido.
Os bebedouros devem estar a uma altura regulável, que facilite a localização da água a ser ingerida.
Devem ser fáceis de limpar e ter um condutor adequado para se evitar perdas de água.
Com relação a posição do bebedouro este deverá estar a uns 10 cm do piso e não deve ser introduzido mais de 2,5 cm dentro da gaiola.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

COBRIÇÃO - MONTA NATURAL




Antes da coelha ser colocada em cria, deve o cunicultor levar em conta as seguintes recomendações:
Sempre levamos a fêmea ao macho e não o macho para a gaiola da fêmea, por que do contrário o coelho pode ter inibido o seu comportamento sexual e até ser rechaçado com violência pela coelha;
Antes de levarmos a  coelha ao macho deve-se efetuar um controle sanitário dela para se evitar  problemas reprodutivos com o coelho.
Verifique se o animal não apresenta problemas respiratórios, inchaços abdominais ou enfermidades nas patas.
Acasale somente fêmeas com a vulva de cor roja e intumescida (80 a 90% de prenhez);
Depois da coelha aceitar o macho e efetivada a cobrição deixe-a repousar 5 minutos na gaiola, isto permite um relaxamento da coelha e melhora a fecundidade, após retire a coelha e a recoloque em sua gaiola.
No caso de a fêmea recusar o coelho, tente colocá-la com outro macho.
Alguns criadores praticam o duplo acasalamento, isto quer dizer que a coelha seja coberta duas vezes seguidas com um intervalo de 10 a 15 minutos, seja pelo mesmo macho ou por dois machos diferentes.
Uma técnica parecida consiste em deixar a coelha na gaiola do macho durante 5 a 20 minutos, depois de constatar uma primeira cobrição.
Estas técnicas tentam aumentar a porcentagem de coelhas cobertas, ficando ao redor de 4 a 6%.
Porém, podem apresentar o inconveniente de diminuir as cobrições por parte do macho, não devemos sobrecarregar o coelho (muitas montas) por que se corre o risco de baixar sua fertilidade.
Para ritmos de produção intensiva, utilize um macho para 7 ou 8 fêmeas.
Em sistemas de produção extensivo, utilize um macho para 10 ou15 fêmeas.
Não devemos utilizar o macho mais de 3 a 4 dias por semana ou mais de 2 a 3 vezes  por dia.
Quando em uma criação houver mais de 10 fêmeas é preciso prever pelo menos 2 machos para evitar que o exito da criação dependa de apenas um só coelho.
Sempre que o tamanho da criação permita (+ - 50 fêmeas), devemos ter um ou dois machos de reserva para suprir os que estão sendo utilizados.
É aconselhável  (em grandes criações) realizar exames andrológicos (qualidade e quantidade de espermatozóides).

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

COELHOS - REPRODUÇÂO



Um coelho está pronto para a reprodução aos 5 meses de idade.
Neste momento fase da vida temos que suprir todas as suas necessidades de proteína-  energia, vitaminas e minerais, para que principalmente a fêmea tenha uma boa ovulação.
Existem situações especiais de clima que uma coelha aos 4 meses alcança facilmente a condição de ser coberta.
Com os machos devemos ser mais exigentes. A idade mínima é de 6 meses, proceder a cobrição antes deste tempo, corremos o risco de que a coelha não fique prenhe.
Os acasalamentos dever ser realizados nas primeira horas da manhã ou da tarde, devemos sempre levar a fêmea na gaiola do macho para efetuar-se a cobrição.
Os sintomas do cio são intranquilidade da coelha, se está com outras coelhas tenta montá-las, está próxima da gaiola do macho tenta pular com intenção de entrar na gaiola.
Em geral as gaiolas para acasalamento devem ser redondas, para facilitar a cobrição evitando que a coelha se "esconda" nos cantos evitando o salto do coelho, prejudicando o acasalamento e por vezes causando ferimentos nos animais.
A vulva da coelha deve ter uma coloração que vai do roxo até a violeta, devido a maior irrigação sanguínea  estando apta para a concepção, neste estado apresenta a cauda levantada em posição característica para aceitar o macho.
Concluido o salto o coelho deve ser retirado imediatamente da gaiola da fêmea.
Podemos realizar duas montas com 12 horas de diferença entre uma e outra para confirmar a gestação. E neste prazo de doze dias devemos fazer a apalpação abdominal, um dos métodos que nos garante com precisão se a coelha está prenha.
A gravidez dura de 28 a 32 dias, sendo em média de 30 dias e durante este tempo a coelha deve receber os melhores cuidados, como alimentação de qualidade e rígida higiene.
A falsa gravidez dura 16 dias.
O tempo de utilização de uma coelha para reprodução é de dois anos, decaindo a sua capacidade reprodutiva, em termos de ninhadas, a cada nova gestação.
Devemos ter cuidado de a coelha não ficar muito tempo sem reproduzir, pois pode engordar e se tornar estéril.