quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

VARIAÇÃO DO CRESCIMENTO DOS FILHOTES ANTES DA DESMAMA




Os filhotes recém nascidos, dependem exclusivamente do leite da coelha e das condições do ambiente proporcionado pelo ninho.
Os coelhinhos começam a sair do ninho ao redor dos 14/15 dias de idade e iniciam com alimentação sólida em torno dos 18/20 dias.
Neste momento a produção leiteira da coelha diminui devendo ser mais ou menos rápida de acordo com o intervalo entre o parto e a nova cobertura.
Se a coelha não resultar coberta, ficando só lactante a produção de leite diminuirá lenta e progressivamente.
O crescimento dos filhotes está condicionado à produção de leite da mãe;existem variações de acordo com a raça.
O intervalo entre o parto e a nova cobrição também interfere na persistência da lactação,sendo que coelhas nulíparas produzem menos  leite que as multíparas.
A produção de leite aumenta com o tamanho da ninhada, porém havendo mais filhotes haverá menos consumo individual.
O crescimento dos filhotes até os 20 dias depende da qualidade do leite ingerido, os filhotes que ao nascer são maiores, serão também mais vigorosos e terão um melhor desenvolvimento.
O manejo e a genética, a alimentação, condições ambientais e estado sanitário influenciam e determinam um correto crescimento, porém sem dúvida é a genética que transmite características físicas da velocidade do crescimento diário.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

BEBEDOUROS



Constata-se que as quantidades diárias de água consumidas pelos coelhos são muito importantes e tem relação direta com sua idade, estado produtivo, condições do meio ambiente, natureza da alimentação, temperatura e qualidade química da mesma.
Como exemplo podemos citar que uma coelha imediatamente após o parto pode ingerir quase um litro de água.
Na média diária podemos dizer que:
Reprodutoras necessitam de 500 a 600 ml de água.
Coelhos de engorda 200 a 250 ml.
Coelhas com suas ninhadas, 80 a 120 litros (desde o parto até a engorda).
Estes dados nos dão uma ideia da importância da escolha da forma do fornecimento de água aos nossos animais, em especial bebedouros.
Conforme a disponibilidade de tempo podemos utilizar bebedouros descontínuos e bebedouros contínuos.
Os bebedouros descontínuos não são recomendados em criações industriais de coelhos, salvo para aplicação de medicamentos individuais; as garrafas invertidas sobre pratos ou cumbucas de cerâmica e outros potes para "dar" água aos coelhos formam o grupo de bebedouros descontínuos.
Os bebedouros contínuos ou automáticos já amplamente utilizados fornecem aos coelhos uma quantidade regular e suficiente de água, apresentando muitas vantagens.
Devido a higiene e sanidade da água fornecida, constata-se menor incidência da síndrome diarréica, enterotoxemias e fenômenos de paralisias posparto em coelhas; assim como diminuição de acidentes com filhotes como abandono das crias e canibalismo.
Ainda, incrementa a produtividade da mão de  obra, melhora a rentabilidade do criatório ao não produzir interferências da capacidade de crescimento dos filhotes, na produtividade das coelhas e no rendimento dos coelhos em engorda.
Os bebedouros contínuos se apresentam basicamente em dois tipos: de nível constante e o de "bico".
Os de nível constante através de sistema de bóia, são aconselháveis pela comodidade que proporciona ao coelho, o qual bebe a água no recipiente que é prontamente reabastecido assim que o nível baixe.
O maior inconveniente que apresenta é o risco de contaminação por parte dos dejetos e restos de alimentos, o que obriga a uma limpeza diária.
De bico são aqueles que o coelho pressiona com a boca sobre um pequeno pino com mola ou sem e assim a água é liberada.
Temos que ter constante atenção a possíveis vazamentos decorrentes da pressão da água ou problema nos bicos; outro inconveniente é que nem todos os coelhos são capazes de beber espontaneamente nesse bebedouro, eles tem que aprender antes do desmame.
para evitar problemas podemos colocar um recipiente com água dentro da gaiola até os coelhos se acostumarem. 
A escolha de um ou outro modelo é indiferente, pois cada um apresenta vantagens e inconvenientes, suas falhas em muitos casos se devem mais, a circunstâncias de instalação e controle no funcionamento do modelo escolhido.
Os bebedouros devem estar a uma altura regulável, que facilite a localização da água a ser ingerida.
Devem ser fáceis de limpar e ter um condutor adequado para se evitar perdas de água.
Com relação a posição do bebedouro este deverá estar a uns 10 cm do piso e não deve ser introduzido mais de 2,5 cm dentro da gaiola.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

COBRIÇÃO - MONTA NATURAL




Antes da coelha ser colocada em cria, deve o cunicultor levar em conta as seguintes recomendações:
Sempre levamos a fêmea ao macho e não o macho para a gaiola da fêmea, por que do contrário o coelho pode ter inibido o seu comportamento sexual e até ser rechaçado com violência pela coelha;
Antes de levarmos a  coelha ao macho deve-se efetuar um controle sanitário dela para se evitar  problemas reprodutivos com o coelho.
Verifique se o animal não apresenta problemas respiratórios, inchaços abdominais ou enfermidades nas patas.
Acasale somente fêmeas com a vulva de cor roja e intumescida (80 a 90% de prenhez);
Depois da coelha aceitar o macho e efetivada a cobrição deixe-a repousar 5 minutos na gaiola, isto permite um relaxamento da coelha e melhora a fecundidade, após retire a coelha e a recoloque em sua gaiola.
No caso de a fêmea recusar o coelho, tente colocá-la com outro macho.
Alguns criadores praticam o duplo acasalamento, isto quer dizer que a coelha seja coberta duas vezes seguidas com um intervalo de 10 a 15 minutos, seja pelo mesmo macho ou por dois machos diferentes.
Uma técnica parecida consiste em deixar a coelha na gaiola do macho durante 5 a 20 minutos, depois de constatar uma primeira cobrição.
Estas técnicas tentam aumentar a porcentagem de coelhas cobertas, ficando ao redor de 4 a 6%.
Porém, podem apresentar o inconveniente de diminuir as cobrições por parte do macho, não devemos sobrecarregar o coelho (muitas montas) por que se corre o risco de baixar sua fertilidade.
Para ritmos de produção intensiva, utilize um macho para 7 ou 8 fêmeas.
Em sistemas de produção extensivo, utilize um macho para 10 ou15 fêmeas.
Não devemos utilizar o macho mais de 3 a 4 dias por semana ou mais de 2 a 3 vezes  por dia.
Quando em uma criação houver mais de 10 fêmeas é preciso prever pelo menos 2 machos para evitar que o exito da criação dependa de apenas um só coelho.
Sempre que o tamanho da criação permita (+ - 50 fêmeas), devemos ter um ou dois machos de reserva para suprir os que estão sendo utilizados.
É aconselhável  (em grandes criações) realizar exames andrológicos (qualidade e quantidade de espermatozóides).

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

COELHOS - REPRODUÇÂO



Um coelho está pronto para a reprodução aos 5 meses de idade.
Neste momento fase da vida temos que suprir todas as suas necessidades de proteína-  energia, vitaminas e minerais, para que principalmente a fêmea tenha uma boa ovulação.
Existem situações especiais de clima que uma coelha aos 4 meses alcança facilmente a condição de ser coberta.
Com os machos devemos ser mais exigentes. A idade mínima é de 6 meses, proceder a cobrição antes deste tempo, corremos o risco de que a coelha não fique prenhe.
Os acasalamentos dever ser realizados nas primeira horas da manhã ou da tarde, devemos sempre levar a fêmea na gaiola do macho para efetuar-se a cobrição.
Os sintomas do cio são intranquilidade da coelha, se está com outras coelhas tenta montá-las, está próxima da gaiola do macho tenta pular com intenção de entrar na gaiola.
Em geral as gaiolas para acasalamento devem ser redondas, para facilitar a cobrição evitando que a coelha se "esconda" nos cantos evitando o salto do coelho, prejudicando o acasalamento e por vezes causando ferimentos nos animais.
A vulva da coelha deve ter uma coloração que vai do roxo até a violeta, devido a maior irrigação sanguínea  estando apta para a concepção, neste estado apresenta a cauda levantada em posição característica para aceitar o macho.
Concluido o salto o coelho deve ser retirado imediatamente da gaiola da fêmea.
Podemos realizar duas montas com 12 horas de diferença entre uma e outra para confirmar a gestação. E neste prazo de doze dias devemos fazer a apalpação abdominal, um dos métodos que nos garante com precisão se a coelha está prenha.
A gravidez dura de 28 a 32 dias, sendo em média de 30 dias e durante este tempo a coelha deve receber os melhores cuidados, como alimentação de qualidade e rígida higiene.
A falsa gravidez dura 16 dias.
O tempo de utilização de uma coelha para reprodução é de dois anos, decaindo a sua capacidade reprodutiva, em termos de ninhadas, a cada nova gestação.
Devemos ter cuidado de a coelha não ficar muito tempo sem reproduzir, pois pode engordar e se tornar estéril.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

COELHOS - AGRESSIVIDADE




O comportamento do coelho é diferente de cães e gatos uma vez que é um animal considerado presa.
Apenas manifestam comportamento de satisfação ao ver alguma coisa familiar, dor e medo.
O olfato é o seu sentido mais aguçado, podendo distinguir entre humanos familiares e desconhecidos e entre homens e mulheres.
Os filhotes saem do ninho ao redor dos 15 dias de vida e são desmamados com 4 a 5 semanas, porém só começam a ser manipulados com 6 a 8 semanas de idade (período de venda ou transferência para outro criador e mesmo por necessidade em seu próprio criatório.
Assim sendo, não é comum mas pode acontecer de o nosso coelho apresentar sinais de agressividade, e temos que entender o porquê dessa conduta.
O que pode ocorrer devido a diversas causas:

Coelhos que tem pouco contato com pessoas, recebendo pouca atenção e por vezes maus tratos; podem chegar a morder (quando criados soltos) a altura dos pés dando voltas ao nosso redor.
Isto muitas vezes se deve ao comportamento sexual, o animal se sente frustrado sexualmente e "tenta praticá-lo" conosco. 
Inicialmente pode ser engraçado, mas frequentemente pode se transformar em um incomodo; a castração pode ser a solução.
Se o coelho demonstra desvio de comportamento quando está sendo criado em gaiola, não permitindo que coloquemos a mão dentro, apresentando certa agressividade (mordidas e arranhões), isto se deve a um comportamento territorial. O coelho considera a gaiola como seu território e não permite a entrada nele. Devemos respeitá-lo, e tentar corrigir este desvio através de exercícios; pressionando ligeiramente a sua cabeça para junto do piso da gaiola, que pode ser interpretado como um ato dominante pelo coelho diminuindo sua agressividade.
Os coelhos possuem uma excelente visão de longa distância, porém de curta distância ela é limitada e muitas vezes a mão de uma pessoa pode parecer ao animal um sinal de agressão ou ameaça quando muito perto de sua cabeça e ele por vezes tentará se defender mordendo ou arranhar por estar assustado. Assim sempre, que for necessário o manuseio do coelho dentro da gaiola ou tendo que retirá-lo, devemos ter calma e cuidado com o animal afim de não assustá-lo.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

REGISTROS


Os registros dos reprodutores, nascimentos, desmamas e outros dados de importância para o cunicultor é a base fundamental para o melhoramento genético da criação. 
Quando não há registros, ocorrem acasalamentos desapercebidos e descontrolados, que causam prejuízos para a criação e muitas vezes deixam uma prole defeituosa para a reprodução futura.
Primeiro, todos os animais são identificados com um número individual, a numeração dos coelhos é separada por machos e fêmeas, por raça e idade.
São anotadas no dia do nascimento, o numero dos pais, o número de filhos, número de animais desmamados individuais e distinção de coelhos machos e fêmeas. O peso da leitegada ao desmame que  é muito importante e deve ser controlado.

Deve-se ainda, anotar:

Os registros dos reprodutores, nascimentos, reprodução, desmamas e outras estatísticas, são a base fundamental para o melhoramento genético. Os quais quando passam desapercebidos causam perdas no criatório, principalmente no que diz respeito a descendência de alguns animais que podem nascer doentes ou defeituosos, impedindo que sejam utilizados como reprodutores.
Em planilhas de controle se identificam todos os reprodutores com um numero individual de registro de reprodutor e se separam machos e fêmeas por raça e ordem de idade dos animais.
No registro de reprodução se anotam os cruzamentos, nascimento, numero dos pais, a quantidade de filhotes que nascem vivos e mortos e os desmamados.
Se registram os cruzamentos inférteis com as possíveis causas em um espaço reservado as observações.
Na planilha de desmama é registrado o dia do parto,os pais, o número da ninhada, quantidade de animais desmamados com seu numero individual e distinção de machos e fêmeas. É muito importante o peso da ninhada ao desmame e observar que uma boa criadeira é a que ao final do ano tenha desmamado um maior número de filhotes.

Assim registram-se  dados:
-  de reprodução
-  de cruzamento
-  de parto
-  nº de filhotes que nascem vivos e mortos
-  nº de filhotes desmamados
-  peso da ninhada ao desmame
-  ficha de reprodutores
-  índice de fertilidade de machos e fêmeas
-  nº de ninhadas por coelha por ano
-  filhotes que são desmamados por coelha/ano
-  total de peso vivo por coelha desmamada/ano

É indispensável anotar na ficha da coelha, nos dados de cobrição e a identidade do macho. Este ultimo dado pode permitir eliminar rapidamente aqueles machos ardentes porém inférteis. A presença de alguns machos inférteis pode determinar uma baixa fertilidade na criação, o que pode por em perigo o desenvolvimento total do criatório.
A partir dos registros se descobre a real produtividade dos coelhos; assim ao final do ano podemos fazer um balanço total da criação e avaliar a a continuidade ou dos métodos adotados.


quinta-feira, 9 de abril de 2015

CUIDADO COM OS LÁPAROS




Os filhotes recém nascidos podem apresentar algumas características muito peculiares por falta de alimento ou frio, apresentando-se agitados com movimentos frequentes e fortes grunhidos.
Devemos prestar muita atenção a isso para evitar possíveis perdas ou sofrimentos aos láparos com influência em seu crescimento.
Com respeito ao canibalismo, este acontece comumente a noite e pode ter causa já na gestação por falta de alimentação adequada fornecida a coelha.
Falta de alimentação verde (vitamina A), e proteínas.
Por isso é conveniente dar as coelhas em gestação uma ração rica em vitaminas e proteínas antes dos 8 a 10 dias do parto.
Em ninhadas grandes encontramos crias que não podem alimentar-se por que seus pares mais espertos tomam todo o leite materno, desenvolvendo-se estes de forma normal e os outros não chegando a um desenvolvimento adequado.
Convém sacrificar estes láparos com pouco desenvolvimento e quando não existam condições para uma outra coelha adotá-los, por que estão predispostos a desenvolver alguma enfermidade.
Convém lembrar também que a coelha pode morrer durante a lactação. Neste caso podemos agregar os filhotes a outras ninhadas se tiverem poucos dias de vida e tendo o cuidado de esfregar os filhotes nos pelos que compõe o ninho para que adquiram o odor do novo ninho.
Para o bem estar dos filhotes devemos manter uma boa circulação de ar, porém evitando-se a correntes de ar e ventos fortes.
Nas épocas frias devemos ter ninhos protegidos e devemos colocar bastante palha para a coelha possa com a ajuda dos pelos que retira construir um ninho seco e quente.