quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

VARIAÇÃO DE CRESCIMENTO ANTES DA DESMAMA


Os láparos recém nascidos dependem exclusivamente do leite materno para sua alimentação, além das condições de ambiente favoráveis proporcionado por um ninho adequado.
Os filhotes começam a sair do ninho com 14-15 dias de vida e iniciam sua alimentação sólida ao redor dos 18-20 dias.
Nesta fase a produção leiteira da coelha decresce, situação que será tanto mais rápida quanto mais curto for o intervalo entre o parto e a nova cobrição.
Se a fêmea não for coberta e se mantiver só lactante a produção de leite diminui progressiva e lentamente.

* Influência da coelha-mãe: o crescimento dos láparos está em grande parte condicionado a produção leiteira da coelha.
Existem diferenças segundo a raça.
O intervalo entre parto-cobrição também influi no tempo de lactação.
As coelhas nulíparas produzem menos leite que as multíparas.

* Influência do tamanho da ninhada: a produção leiteira aumenta de acordo com o número de filhotes da ninhada, porém mais láparos menor consumo individual de leite por filhote.
O crescimento dos filhotes até os 20 dias, depende da quantidade de leite ingerida.
Os láparos maiores e mais vigorosos ao nascer também terão um maior desenvolvimento.

*Influência de outros fatôres: são os relacionados com o manejo e a genética.
A alimentação, condições ambientais e o estado sanitário determinam um correto crescimento, porém não podemos nos descuidar da melhora genética que trasnsmite cracterísticas fixas com relação a velocidade de crescimento.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

COELHA - FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRODUÇÃO DE LEITE


São vários fatôres que influenciam na produção de leite da coelha. Sendo que esta varia em função da idade dos láparos - 17% produzida durante a primeira semana, 25% na segunda, sendo 32% na terceira e 26% entre os 21 e 28 dias de vida dos filhotes.
Esta variação produz uma curva assimétrica com o pico nos 18/19 dias de lactação.
O número de filhotes também influem na produção de leite de tal modo que, maior número de crias, maior produção de leite.
As coelhas multíparas produzem maior quantidade de leite que as primíparas.
O número de mamas também tem influencia na produção de leite, de modo que as coelhas que possuem mais de oito tetas, produzem entre 2 e 5% a mais de leite.
Fatores genéticos também influem de tal modo que animais (fêmeas) híbridos (cruzados), produzem mais leite que os de raça pura.
As coelhas são mais sensíveis a altas temperaturas que as baixas, as condições de conforto situam-se ao redor dos 23ºC, ocorrendo uma diminuição importante da produção de leite em torno dos 30ºC
As reprodutoras, criadas com uma alimentação balanceada e controlada, tem maior produção durante a primeira lactação.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PSEUDOGESTAÇÃO


Pseudogestação ou falsa gravidez é um estado em que as coelhas se comportam como se estivessem cobertas.
Algumas coelhas por volta dos 17 dias após a cobrição apresentam algumas manifestações como se estivessem em gestação, ou seja tentam fazer o ninho, muitas vezes desenvolvem as mamas, etc.

A fêmea no cio, libera óvulos maduros estimulada pela presença do coelho e do consequente salto. Quando os óvulos não são fecundados, ocorre uma pseudogestação, que dura 15 a 18 dias. O início e o desenvolvimento dos corpos lúteos e o do útero são os mesmos que na gestação. Porém nesta fase a fêmea não é fecundada e sua regressão acontece ao redor do 12º dia, desaparecendo sob a ação de um fator luteolítico secretado pelo útero,(prostaglandina).
O fim da pseudogestação é acompanhada pelo aparecimento de um comportamento materno e construção do ninho, junto a reduzida taxa de progesterona no sangue.

Se em nossa criação constatarmos a ocorrência de falsa gestação em uma ou mais coelhas, devemos prestar atenção na fertilidade do macho reprodutor utilizado, o coelho pode ser sexualmente ativo porém esteríl.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PROBLEMAS REPRODUTIVOS - RECEPTIVIDADE

O exito da criação através da reprodução depende da receptividade, que nada mais é que a aceitação do macho pela coelha. Quando a receptividade é boa a coelha uma vez coberta sofre uma série de alterações hormonais permitindo a ovulação e a fecundação de um número elevado de embriões.
Porém, quando a receptividade é baixa, também o são as descargas hormonais, que originam cobrições negativas e ninhadas de reduzido número de láparos.
Vários fatôres afetam a receptividade, os quais destacamos: numero de láparos lactantes por coelha, condição física geral, condições ambientais, etc. Outros fatores de estréss, como a excessiva manipulação dos animais podem afetar a receptividade sexual.
Suponhamos que a coelha esteja receptiva, aceita o coelho, porém não fica coberta - falta fertilidade - ou fica coberta, mas com um número de embriões baixo, poucos - subfecundidade - nestes casos devemos examinar as causas:
Dentre as que podem se relacionar com o manejo, podemos citar:
- Falta de peso.
- Mal estado sanitário.
- Temperaturas elevadas ou muito baixas.
- Falta de luz: em criações sem luz artificial pode ocorrer baixa fertilidade quando o período de luz for inferior a 14/16 horas.
- Quando o macho não for fértil ou estiver sobrecarregado por montas excessivas.
- Esforço excessivo na lactação.
- Fatores genéticos.
- Indivíduos pouco produtivos devido a idade.
- Alimentação incorreta.
- A administração de vacinas ou medicamentos antes da cobrição.
O coelho é uma espécie considerada como uma das mais sensíveis as condições ambientais, de manejo e patológicas. Sendo assim, as coelhas devem chegar ao momento da cobrição, sãs, apresentando um peso adequado; não muito magras e também não excessivamente gordas, porém fortes.
Salientamos ser o peso, um fator preponderante como causa da infertilidade.
Cada criação possui caracterísiticas próprias, determinadas pela construção, clima, qualidade dos animais, como também os fatores de risco serão diferentes dependendo do manejo aplicado por cada cunicultor.
Portanto o criador deve organizar um protocolo de manejo, que deve adaptar-se a cada tipo de coelha - reposição, primeiro parto, multiparas, atrasadas - inclusive aconselha-se aplicar sistemas de bioestimulação para melhorar a receptividade. A aplicação de programas de luz, programas alimentares específicos para cada estado fisiológico, etc., ajudam a manter a coelha em boas condições fisiológicas e sanitárias; o que contribui para a manifestação do cio no momento certo, nos garantindo assim uma boa receptividade.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

LÁPAROS / CUIDADOS


Ao nascer os coelhos (láparos) são incapazes de manter a temperatura necessária ao bom funcionamento do seu organismo.
Devido a isso durante os primeiros dias a temperatura do ninho deve oscilar entre 30 e 35 graus centígrados, temperatura essa que colabora para o bom estado da ninhada, protegendo a saúde e o desenvolvimento dos filhotes.
O ninho é um acessório indispensável e de vital importância para o desenvolvimento dos láparos em seus primeiros dias de vida, uma vez que ele cumpre o papel de primeira proteção. Ele deve ser limpo, seco e se necessário devemos trocar a palha, maravalha ou o material de que é formado.
Deve ser retirado ao redor dos 20 - 21 dias, um pouco antes da desmama.
No que diz respeito a mortalidade que ocorre durante a lactação, as causas são inúmeras e se manifestam devido a erros no manejo e forma de condução da exploração.
O abandono da ninhada pela coelha durante a amamentação pode ser em decorrência de falta de leite, sustos ou ainda os "calos nas patas", porém pode ser motivado pela falta de água e mudanças bruscas de temperatura, fatores estes que também devem ser levados em conta pelo criador.
A mortalidade que ocorre desde o nascimento até o desmame é um fator que merece atenção dos criadores. Um índice de mortalidade de 12 a 18% durante este período pode ser considerado normal (em um ano). Porém muitas vezes ocorre uma porcentagem maior de 25 a 30% e as vezes mais.
Os láparos mais pequenos de uma ninhada são os mais fracos e menos visíveis, mais fáceis de morrer e com menor desenvolvimento. As ninhadas maiores, se não forem acompanhadas e com manejo adequado, podem apresentar uma mortalidade elevada, muitas vezes sendo necesário a transferência de filhotes para outras coelhas lactantes.
Constatamos baixas taxas de mortalidade em ninhadas de 7 a 10 filhotes.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A LENDA DO COELHO NA LUA.


Se olharmos para o céu em uma noite clara de lua cheia, com boa visibilidade, observando-se atentamente e contando com auxílio de nossa imaginação podemos ver a imagem de um coelho.

Uma antiga lenda Maia, nos explica o por quê dessa figura:

Ela nos diz que um dia o grande deus maia, Quetzalcoalt decidiu fazer uma caminhada na terra, disfarçando-se de forma humana.

Depois de andar muito e durante todo o dia, ao pôr do sol, ele estava com fome e cansado, mas não parou continuou caminhando.
A noite caiu, as estrelas começavam a brilhar e a lua já espreitava no horizonte, naquele momento o grande Deus decidiu sentar-se na beira da estrada para descansar.
Foi quando observou que próximo a ele estava um coelho, alimentando-se de uma bela porção de pasto.
Quetzalcoatl perguntou o que ele estava comendo, e o coelho disse que comia pasto e, humildemente, lhe ofereceu um pouco. No entanto, a divindade respondeu que ele não comia isso, e provavelmente iria morrer de fome e sede.
Horrorizado com tal possibilidade, o coelho se aproximou dele e disse ainda que, mesmo sendo apenas uma criatura simples e de pouca importância, ele poderia servir para atender as necessidades de Quetzalcoalt, e se ofereceu para ser seu alimento.
Quetzalcoatl comovido e com o coração cheio de alegria, com carinho acariciou a pequena criatura.
Pegou o animal em suas mãos, e disse que não importava quão pequeno era,ele tinha seu valor e desde esse dia todos na terra iriam lembrar da ação abnegada do pequeno coelho de oferecer sua vida para salvar outra.
Então ele o levantou alto, tão alto que a figura do coelho ficou estampada na superfície lunar.
Depois, cuidadosamente tornou a abaixá-lo novamente e mostrou-lhe que a sua imagem, sempre retratada de luz e de prata, estaria lá o tempo todo e para que todos os homens vissem.

Essa lenda também sua versão japonesa, onde o coelho é chamado Tsuki no Usagi.
Segundo esta versão, apareceu um dia em uma aldeia no Japão, um ancião que aparentemente estava tendo muitas necessidades, e pediu ajuda e comida para três animais: um macaco que subiu numa árvore e pegou alguns frutos, uma raposa, que caçou para ele um pássaro e um coelho, que infelizmente voltou sem nada.

Quando ele viu o sofrimento do velho sentiu grande tristeza e culpa, vendo um fogo próximo ele se joga, dando-se em sacrifício, para saciar a fome daquele senhor.
Vendo isto, o velho homem revelou sua verdadeira identidade, era um deus poderoso.
Entristecido com o fim do pequeno animal, quis imortalizar o seu sacrifício, deixando sua marca na lua.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SELEÇÃO DE COELHOS PARA A PRODUÇÃO DE CARNE


Ao produtor de coelhos para a carne só importa uma coisa: produzir carne em pouco tempo e para isso necessitamos de coelhas que tenham capacidade de parir muitos filhotes, que não morram e que alcancem rápido o peso de abate.
As fêmas mais prolíficas (8-9 filhotes), consomem a mesma quantidade de ração durante a gestação, que as coelhas que tem de 3 a 4 filhotes.
Por isso, devemos selecionar as melhores crias das coelhas mais produtivas.
As melhores coelhas são as que desmamam maior quantidade de filhotes grandes, sadios e de tamanho uniforme.

Também é importante selecionar os descendentes das coelhas mais tranquilas, as menos nervosas que não são assustadiças, se deixam acariciar pelo criador, permitem que se revise o ninho no mesmo dia do parto e que não abandonam suas crias.
Os filhotes dessas coelhas, tendem a ser muito tranquilos também, o contrário de filhos de fêmeas assustadiças e agressivas; que se assustam quando o criador abre a porta da gaiola pondo em alerta e assustando toda a criação. Não devemos revisar o ninho logo após o parto deste tipo de coelha, porque saltam para dentro do mesmo, causando muitas vezes a morte de láparos.
Os filhotes desmamados devem ter um crescimento uniforme e rápido, com boa conversão dos alimentos.
Observa-se que é muito mais rentável trabalhar-se com animais calmos, que desevolvam-se rapidamente, atingindo logo o peso de abate,reduzindo a mão de obra no criatório, diminuido o tempo de ocupação das gaiolas de engorde, gerando com isso uma maior rotação e aproveitamento racional das mesmas, acelerando assim o retorno do capital investido.
Alguns conselhos:
Se alguma coelha falhou o parto ou teve poucas crias, devemos transferir para outra fêmea os láparos e aproveitar o cio pós parto para fazermos nova cobrição.
Para a coelha que está amamentando, nunca deve faltar água e ração a vontade.
Devemos eliminar da criação os machos que não manifestem "ardor sexual" ao efetuar a cobertura e fêmeas inférteis ou que não se deixem montar.
Para identificarmos os coelhos - láparos, que foram transferidos para outra coelha-mãe, podemos passar álcool na orelha e depois furar (pequena punção) com uma agulha molhada em tinta escura ou pasta de tatuar, a orelha não vai sangrar e no momento da desmama notaremos os coelhos com uma marca (ponto preto) na orelha, como sendo aqueles introduzidos na ninhada.