quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DESMAME


Podemos utilizar dois métodos de desmame.
O mais comum é o de separar os filhotes da mãe, transferindo-os para as gaiolas de engorda onde são separados por grupos.
Outra alternativa consiste em retirar a coelha mãe da gaiola deixando os filhotes; este método diminui o estrés pós-desmama das crias, mas requer um galpão adaptado (gaiolas) para reprodução aliado a um programa de cobrições de forma que permita deixar os coelhos em engorda nas gaiolas de maternidade.
Em qualquer das formas a desmama se realiza de modo brusco, separando de uma só vez e definitva os filhotes da mãe.
A passagem da gaiola maternidade para a gaiola de engorda implica em uma ligeira diminuição de crescimento dos filhotes. Por isso a escolha do momento da desmama depende basicamente do ritmo de produção do coelhário.
Assim essa prática se divide em três fases:

- Tradicional ou tardia: quando praticada com mais de trinta e cinco dias de idade dos láparos, quando os coelhos são submetidos  a ritmo de produção extensivo;
-  Semi precoce: realizada entre os vinte e oito e trinta e cinco dias, quando os coelhos forem criados em semiintensivo;
- Precoce:se realiza entre os vinte e um e vinte e oito dias de idade, quando o ritmo de produção for intensivo;

Se a desmama for feita muito precocemente podemos adicionar um antibiótico na ração,porém os láparos devem pesar mais de 350gr.
Em sítese a desmama deve ser feita de acordo com o ritmo de reprodução, sempre respeitando um período de três a sete dias antes do parto seguinte,durante o qual a coelha só deve estar gestante e não amamentando. 
 
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TEMPERATURA



Estamos nos aproximando do verão, época de temperaturas altas e sabemos que os coelhos suportam melhor o frio do que o calor.
Este animal só transpira em redor do nariz. Durante os períodos excessivamente quentes, sente alívio somente pelo calor que, por irradiação, passa do seu corpo para a atmosfera.
Se a temperatura ambiente atingir 37,7º C - temperatura normal do seu corpo, o coelho ressente-se e pode morrer.
Por isso, é recomendávela instalação de dispositivos que regulem a temperatura e que sejam acionados ou postos em ação quando a temperatura ambiente alcance 27º - 30ºC.
Os sintomas de calor evidenciam-se pela preseça de umidade em excesso em redor da boca, sintoma por vezes acompanhado por hemorragias nasais. A respiração torna-se rápida e intranquila.
A temperatura ambiente considerada como normal oscila entreos 15º e os 18ºC.
Abaixo de 10ºC e acima de 27ºC, observamos um decréscimo na fertilidade, mais acentuado nos machos.
Estudos indicam que as temperaturas ideais são:
maternidade - 15º a 25ºC
engorda - 10º a 25ºC
ninho - 31º a 36º C
Devemos evitar alterações bruscas de temperatura. Caso contrário, corre-se o risco de se evidenciarem, problemas respiratórios, aumento da mortalidade das ninhadas,etc.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

ALIMENTAÇÃO, ASPECTOS GERAIS


A alimentação em conjunto com a sanidade compõe parte dos três pilares fundamentais de toda exploração de coelhos.
Pilares que devem ter sua base forte nos alojamentos dos animais e nos  fatôres relacionados à organização do trabalho e do meio ambiente, tais como: estresse a que estão sujeitos os animais, a distribuição das diversas áreas de criação e equipamentos, o volume da atividade para evitar superlotação e tratamento dos dejetos.
Além de outros fatores que determinam o conforto: temperatura,umidade,iluminação e ventilação.
Se os criadores de coelhos tem analisado e previsto o funcionamento desse conjunto de fatores de manejo,a criação inicia efetivamente a desenvolver uma produção economicamente  viável.
Nesse contexto o alimento é o pilar mais importante de toda a engrenagem da criação de coelhos e, é por duas razões principais:
a) Seu impacto sobre o custo de produção de um quilo de carne, é o íten mais importante entre as despesas variáveis que os criadores de coelhos devem suportar.
Esta predisposição para imputar o maior custo à alimentação, é o suficiente para que qualquer eventualidade prejudique o processo de produção.
É por isso que a produção de alimentos complementares (forragens) na criação é tão necessária.
Um bom crescimento das ninhadas, um correto programa de alimentação, o controle de consumo, juntamente com uma regularidade de animais adultos reprodutivos vai motivar os cunicultores no seu trabalho diário e evitar suspeitas, muitas vezes infundadas sobre a qualidade  dos alimentos.
b) O coelho é um animal predisposto a distúrbios disgetivo que se manifestam como diarréia e mortalidade subsequente. É bem conhecida a influência do estresse neste processo, mas não se deve esquecer que tanto o ambiente e os alimentos são dois grandes aliados no mecanismo de que, infelizmente, resulta em morte.
Muitas vezes o criador suspende a alimentação habitual, acusando-a dos problemas ocorridos e ao longo do tempo, volta a mesma forma de alimentação.
Assim os criadores devem tentar obter uma regularidade no fornecimento de alimentos(ração,forragens, etc),para evitar sérios distúrbios.

terça-feira, 15 de maio de 2012

COELHAS NÃO ACEITAM O MACHO

Muitas vezes quando levamos a coelha à gaiola do macho para ser feita a cobrição, ela foge, se encostando nos cantos da gaiola não permitindo a monta.
Uma coelha que não aceita o macho torna-se potencialnente perigosa, pois pode agredir o coelho ao ponto de torná-lo incapaz para futuras cobrições, fato que ocorre quando por mordidas para afastá-lo, atinge seus órgãos sexuais.
Assim, no que diz respeito a não aceitação do macho pela coelha existem muitas indagações, e é um problema comum.
Temos que ir descartando as possibilidades.
Primeiro, devemos ter certeza de que a fêmea está no cio, observando-se quando ela se agita ao ser tocada na parte lombar, porém basicamente deverá estar no cio, quando apresentar a vulva intumescida e de coloração avermelhada.
Outro fator que  pode ser levado em conta pode ser a idade do coelho que influencia no libido.
Quando utilizamos um coelho e este falhar na cobrição, devemos tentar com outro e se este cobrir a fêmea, devemos investigar o que falhou, pode ser por idade ou seu libido (alguns machos sentem a falta de minerais, principalmente fósforo).
Também devemos levar em conta as tentativas, os bons machos são insistentes e não desistem facilmente do intuíto de fecundar a coelha.
Muitas coelhas não entram no cio devido ao fator luminosidade, se no criatório houve redução nas horas de luz, principalmente em determinadas épocas do ano, devemos utilizar luz artificial para compensar - 16 horas de luz contibui para que as coelhas entrem no cio.
Podemos nos distanciar da gaiola onde os animais estão acasalando, também ajuda em alguns casos.
Existem medicamentos (hormonônios) para produzir o cio na coelha.
Outra coisa importante é o peso dos coelhos, não deve faltar-lhe comida, contudo não é bom o sobrepeso que também influi no resultado da monta.
Para induzirmos o cio na coelha pode-se ainda, juntar várias fêmeas em uma gaiola (coletividade), colocar um macho jovem próximo (junto) à gaiola da fêmea, interromper a lactação por 48 horas (bioestímulo) e trocar a coelha de gaiola ( fator estressante).


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

PARALISIA DO TERÇO POSTERIOR



A paralisia do terço posterior é uma afecção que afeta especialmente os animais de reposição e reprodutores, se manifestando por alterações posturais e paralisias flácidas das extremidades posteriores. Quando o coelho adota a chamada posição da rã, com  as pernas de traseiras viradas para trás.
Em geral esta alteração se apresenta em nível das articulações das vértebras tóraco-lombares ou coxo-lombares.
Neste tipo de acidente se oberva uma paraplegia rígida ou flácida com ou sem incontinência urinária.
Causas da paralisia:
- Traumáticas: fratura (quebra) da espinha, problema esporádico ocasionado por uma contratura violenta de certos animais nevosos ao serem contidos ou assustados por barulho ou presença de outros animais. Muitas vezes o coelho assustado salta no interior da gaiola ocasionando uma ruptura em sua coluna.
- Hérnia de disco: alteração em colhas geralmente de reposição colocadas em gaiolas excessivamente pequenas, em geral deve-se a fraqueza vertebral.
- Outras causas: abcessos na coluna, o mais frequente, em geral causado por estafilococos ou estreptococos. Muitas vezes as enterotoxemias produzem neurotoxinas paralisantes.
As formas de paralisia se apresentam sempre de maneira aguda, devido a isso geralmente são irreversíveis. 
Surge bruscamente, impedindo os animais de se locomoverem, dificultando a alimentação e evoluindo para um processo de desnutrição acentuada.
Muitas vezes há complicação com quadros de diarréia grave.
Assim, a paralisia dos membros posteriores deve ser considerada como um acidente, por que ocorre quase sempre com animais já adultos e em ritmo de produção, sendo que devemos eliminar os coelhos que sejam acometidos deste mal.
Caso haja repetidos casos na criação, vemos a necessidade de uma revisão imediata nas instalações, como pisos inadequados e até no sistema de manejo das pessoas que trabalham na granja.
 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

FERTILIDADE


 Entendida como parámetro indicador da gestação, ao realizarmos a apalpação abdominal entre os 8 e 17 dias após a cobrição, nem todas as fêmeas resultam gestantes.
Podemos afirmar que a apalpação positiva gira em torno de 82% como média anual, observando uma irregularidade durante o decorrer do ano. Existem épocas com fertilidades superiores a 90% e outras em que dificilmente passam de 60%.
A época de maior problema, podemos situar a partir do fim do verão, devido principalmente a deficiencias de nutrientes durante os meses de calor por causa da diminuicao do consumo de alimento nas épocas mais quentes. 
Deve portante o criador, conhecedor desta problemática, oferecer aos animais dietas mais enriquecidas para estas épocas.
Outras causas que devem ser levadas em conta e influi na fertilidade é o estado sanitário das reprodutoras, sobretudo na saída do inverno.
A primavera contribui para a reprodução e as fêmeas estressadas, com síndrome respiratória, parasitadas, iniciam bem a gestação porém se esgotam logo apresentando falhas no desenvolvimento dos fetos ocasionando perdas na criação.
Na monta natural, os machos podem também ter responsabilidade na fertilização, quando apresentam uma má qualidade do sêmen ou quantidade nula.
Em qualquer caso, a cor da vulva e sua intumescência devem ser os indicadores confiáveis a serem observados para que se obtenha uma boa fertilização da coelha; ainda que a idade, ciclo produtivo e estado sanitário também sejam condicionantes importantes.
Em alguns sistemas de produção uma falha na fertilidade sugere a eliminação da coelha, porém em muitas vezes o cunicultor pode permitir que suas fêmeas apresentem de uma a duas apalpações negativas, embora seja o comportamento coletivo e a disponibilidade de reposição que definitivamente determinará a eliminação.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ALIMENTO E PRODUÇÃO - COELHAS




As necessidades de uma coelha lactante são elevadas, sobretudo no que diz respeito a produção de leite entre os 14 e 28 dias depois do parto, sendo que isto representa praticamente 70% das necessidades totais.
As necessidades de gestação alcançam níveis importantes especialmente nos últimos 10 dias antes do parto. Para uma coelha de aproximadamente 4.25 kg, as necessidades totais de energia digestível estão estimadas entre 950 e 1.100kcal/dia.
O período crítico está entre 7 e 28 dias depois do parto, quando a lactancia é maior. Neste caso, a necessidade energética supera o que pode ingerir uma coelha: sendo necessário  reservas corporais para compensar o deficit energético. 
Se reconstituem parcialmente estas reservas na última semana antes do parto. As coelhas jóvens (com menos de 3 partos) , tem que concluir seu crescimento,tendo uma capacidade de ingestão energética 15-20% menor que as fêmeas de maior idade.
Neste caso, as reservas corporais podem não ser suficientes e o deficit total de energia pode alcanças a uns 25% antes do parto seguinte, o que prejudicará seriamente a produtividade futura destas fêmeas.
Por isto, se recomenda alimentar as coelhas com um potencial energético elevado com um alimento concentrado que proporcione  2500 kcal, e um nível de amido superior a 18%.
No ambiente da criação, este tipo de alimento permite aumentar a longevidade das coelhas e reduzir a taxa de reposição. A concentração de alimentos especiais para as reprodutoras nos leva a fornecer uma alientação com menos fibra e altos níveis de proteína digestível equilibrados (PD).
O nível de proteína tem uma influência direta sobre os resultados produtivos, como por exemplo o número de filhotes desmamados.