quarta-feira, 13 de outubro de 2010

MANEJO DO COELHO DOENTE


As enfermidades dos coelhos são um problema quase que diário nas criações, principalmente nas intensivas.
Cabe ao cunicultor distinguir as enfermidades esporádicas, próprias de um só animal dentro do criatório, e as doenças infecciosas ou parasitárias contagiosas que podem afetar a todos os animais.
A observação e identificação dos problemas patológicos exigem atenção e método próprio.
O coelho é um animal sensível e delicado, seu esqueleto representa somente 8% de seu peso.
A estabilidade psíquica e emocional do coelho é muito importante para o desenvolvimento de suas funções metabólicas. As situações de stress implicam no bloqueio da cecotrofia, além de ocasionar outros transtornos hormonais.
Durante a vida produtiva dos coelhos temos inúmeras ocasiões de inspecionar os animais, cobrições, transportes, trocas de locais, etc, são um bom momento para efetuarmos um breve check up.
Para evitar danos, stress e lesões nos coelhos é necessário um manejo adequado; a manipulação errada pode causar luxações vertebrais, luxações femurais, lesões na submucosa, etc.
Para manejarmos os coelhos devemos ter cuidado para que a coluna vertebral não sofra tensões, devemos colocar o animal nos braços com a garupa no antebraço. Este sistema de contenção evita lesões e traumatismos.
Não sujeitar nunca o animal pelas orelhas ou patas posteriores.
Os coelhos reprodutores devem ser examinados completamente, ao efetuar-se operações de manejo tais como: inseminação, monta, palpação.
De forma rotineira devemos obeservar os seguintes pontos:

Orelhas: se examinam externa e internamente, nelas podemos descobrir caroços na base e na periferia - que pode ser indício de mixomatose, traumatismos, erupções, etc.
No fundo da orelha podemos encontrar costras de sarna psorotica auricular em diversos graus de desenvolvimento.

Nariz: devemos inspecionar os orifícios nasais, comprimindo-os suavemente para verificar a presença de exudados. Se observará também se mostram restos de mucosidades, sangue, pús, etc.;o que permite descobrir a natureza das rinites e sua possível evolução.

Boca: se pode fazer uma revisão dos dentes, especialmente se observarmos que o animal come pouco ou mostra sintomas evidentes de enfraquecimento. Permite descobrir problemas hereditários como o de apresentar dentes salientes, o que leva a má oclusão.

Tronco e abdômen: se realiza esta operação quando efetuamos a palpação nas coelhas, geralmente se descobre possíveis tumores gástricos ou abdominais.

Ânus e genital: se examina em cada ação que praticamos com os reprodutores, em geral nessas inspeções podemos descobrir a presença de manchas provocadas por diarréia, mucosidades, estado da vulva (relacionado com a aceitação da monta).
Assim se pode identificar determinados parasitas e lesões causadas por diversos microorganismos: nos machos reprodutores examina-se os órgãos sexuais periodicamente, especialmente se ocorrer falta de libido.
É importante observar o desenvolvimento de lesões genitais ocorridas após aborto ou alterações que afetem as ninhadas. São de grande valia as inspeções mamarias, quando houve perda de láparos, pois podem estar relacionadas com a mamite ou estafilococias.

Pele: em geral deve ser a base de um pelo fino, largo, brilhante em bom estado sanitário.
Na pele se pode descobrir alterações tais como; abcessos, eczemas húmidos, áreas sem pelo, devido a causas diversas: falta de fibra, atrepsia, infecções por pasteurelas, mixomatoses,etc.
A pele deve ter elasticidade, voltando ao normal após ser distendida. Quando a pele perde textura geralmente é por falta de hidratação.

Olhos: devem estar sempre vivos, com ausência de sulcos lagrimais, abcessos ou aderências. A vivacidade da cor dos olhos são sintoma de boa saúde.
Como observação rotineira que podemos fazer além de inspeções oculares e através de apapalções, é o exame das excreções dos animais que também nos permite detectar determinados problemas.

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