quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS DO MACHO

Os machos podem iniciar a sua vida reprodutiva entre os 6 e 8 meses de idade, quando tem início o fenômeno da espermatogênese (produção de espermatozóides) os primeiros saltos podem ocorrer antes disso, mas caracterizam-se por uma baixa concentração de esperma o que ocasiona em muitos casos a falha na concepção. A maioria dos coelhos tratam de praticar o acasalamento, pouco tempo depois que se introduza a fêmea na gaiola. O ato total da cópula dura 70 segundos, e pode ser repetido algumas vezes.
Porém sobre o ardor sexual influem vários fatores, dentre eles a idade, a fêmea apresentada e as condições do meio ambiente.
A porcentagem dos machos que intentam a monta aumenta progressivamente com a idade a partir dos 4 meses. Este aumento depende das características da raça, assim como as condições ambientais, particularmente a iluminação.
Existem dados que parecem indicar que o apetite sexual é superior em machos submetidos a 8/10 horas de luz, em relação aos condicionados a 16 horas.
As temperaturas superiores a 27º C, afetam o rendimento dos reprodutores baixando seu libido chegando a anular a produção de espermatozóides em torno de 45 a 60 dias, ao longo da estação mais quente.
Por outro lado também observamos que o comportamento sexual parece estar associado ao volume ejaculado e a concentração espermática. Os animais mais impetuosos tem um maior volume e uma menor concentração aumentando a porcentagem de espermatozóides vivos, em relação aos menos impetuosos.
No que diz repeito ao ritmo de utilização, segundo as estatísticas, é aceito que os machos iniciem sua vida reprodutiva a partir dos 5 meses de idade de modo progressivo, passando de um salto por semana a um máxino de 6 por semana (dois a cada dois dias).
Recomenda-se, ainda, que os machos sejam utilizados com um máximo de quatro saltos por semana, para prolongar a sua vida produtiva.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

DOENÇA DO PÊLO VERDE OU PAPADA MOLHADA

A doença do "pelo verde" ou papada molhada (dermatite úmida aguda), é uma doença não infecciosa, muito comum em criações comerciais ou domésticas.
Os casos aumentam muito nos meses quentes, quando os coelhos ingerem maior quantidade de água e procuram ficar em locais mais frios e sombreados das gaiolas.
Existem alguns fatores são predisponentes ao aparecimento da dermatite úmida aguda, sendo eles: a má-oclusão dentária, de origem genética, devido ao não fechamento adequado da boca quando o animal permanece sempre úmido ou molhado pelo extravazamento da água que bebe e que escorre pelo pescoço; a utilização de bebedouros abertos (potes) e/ou bebedouros automáticos desregulados com vazamentos ou muitas vezes mal colocados oportunizando que os animais se apoiem sobre eles ocasionando o umedecimento do pelo, também contribuem para que os coelhos desenvolvam essa afecção.
As fêmeas das raças médias e grandes por possuirem papada, são mais suscetíveis.
Muitas vezes a doença pode reaparecer se os fatores predispondentes persistirem ou não forem controlados adequadamente, gerando prejuízos economicos, pois a umidade constante do animal vai provocando lesões na pele a qual torna-se um caminho aberto para que seja contaminada por bactérias.
Sugere-se, que concomitamente ao tratamento, melhorias no manejo, como por exemplo: a substituição de bebedouros abertos pelos automáticos.
Recomenda-se também controlar e não aumentar o grau de consanguinidade entre os animais para evitar o problema da má-oclusão dentária, que é de caráter genético; manter o piso das gaiolas bastante seco, melhorar as condições nutricionais do plantel, tratar e medicar adequadamente os doentes.



terça-feira, 17 de novembro de 2009

CUIDADOS NO VERÃO - GOLPE DE CALOR


Estamos chegando no verão, a estação mais esperada por todos. Porém para os coelhos é uma época difícil, pois não toleram bem o calor, sofrendo muito com as altas temperaturas, podendo até morrer.
É muito importante que fiquemos atentos durante os meses de calor, nesta época os coelhos se apresentam mais inativos como de costume, o que é normal, também é normal que beba mais água e prefira comer mais alimentos verdes que ração.
Todavia a partir dos 30º os animais podem apresentar problemas tais como: não responderem aos nossos estímulos, respirarem demasiadamente rápido e manterem a cabeça erguida, atirando-a para trás.
Os sintomas de um golpe de calor são: respiração agitada, passando a sons respiratórios por excesso de secreções que o coelho produz com o objetivo de eliminar o calor, numa segunda fase pode ocorrer a prostração e o desmaio.
Quando observamos animais que apresentem estes sintomas devemos socorrê-los imediatamente, umedecendo suas orelhas com água em temperatura ambiente- fresca, (os coelhos eliminam o calor pelas orelhas) e também o seu corpo, porém nunca mergulhando-o na água, o que poderia provocar um choque térmico. Em criações com número reduzido de coelhos podemos utilizar garrafas "pet", com água congelada colocadas sobre ou ao lado das gaiolas com intuito de diminuir a temperatura, azulejos para os coelhos deitarem em cima também proporcionam mais conforto nos períodos de extremo calor. Estas ações ajudarão o coelho a manter-se mais confortável, suportando melhor a temperatura elevada.
Devemos ter especial atenção quando transportamos coelhos em épocas muito quentes, animais de tamanho maior e peso elevado, mal acondicionados em viagens ou transporte, mesmo de curta distância podem morrer devido ao calor.
Em criações maiores, as instalações principalmente em regiões de clima sujeito a altas temperaturas devem ser construidas de forma que possam reduzir os efeitos dos golpes de calor.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

FATORES QUE INFLUEM NO CRESCIMENTO DOS LAPAROS ANTES DA DESMAMA



Os filhotes começam a deixar o ninho ao redor do 14 - 15 dias de idade e iniciam a comer alimentos sólidos aos 18 - 20 dias de vida.
Assim os láparos recém nascidos dependem exclusivamente do leite materno para sua sobrevivência, aliado as condições do ambiente de acordo com o ninho que os abriga; e o crescimento de uma ninhada sofre variações tais como:
* Produção Leiteira da Coelha - o desenvolvimento dos láparos está em grande parte condicionado a produção leiteira da coelha, que apresenta diferenças para a maior ou menor de acordo com a raça.
O intervalo entre o parto e a nova cobrição também influi na persistência da lactação,e, ainda as fêmeas nulíparas podem produzir menos leite que as multiparas.
* Tamanho da Ninhada - a produção leiteira aumenta com o tamanho da ninhada, porém mais filhotes, menor consumo individual dos láparos.
Convêm ressaltar que o crescimento dos láparos até os 20 dias de vida depende da quantidade de leite ingerida e os que nascem maiores, são também os mais fortes e vigorosos tendo um maior desenvolvimento.
* Outros fatôres - são os relacionados com o manejo e a genética.
A alimentação, condições ambientais e o estado sanitário dos animais, determinam um correto desenvolvimento e consequente crescimento, tudo isto sem esquecer da melhora genética que transmite características de um maior crescimento diário.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A IMPORTÂNCIA DO NINHO



A preparação e atenção com o ninho é uma atividade que parece simples, mas é necessário realizá-la com muito cuidado, pois é no período em que os filhotes estão no ninho que ocorre maior mortalidade. Devemos considerar o parâmetro de 25 a 30% de mortalidade pós-natal como um aspecto negativo, sendo que devemos considerar satisfatório a média de 12 a 18% de mortalidade quando os láparos ainda se encontrarem no ninho.
O ninho tem diferentes funções:
- Evitar a saída dos láparos, porém deve ser de fácial acesso para a coelha.
- Comodidade e tranquilidade para a coelha em seu interior.
- Fácil acesso do cunicultor para controlar a ninhada.
- Fácil limpeza e desinfecção.
- Fácil retirada e instalação.
- Apresentar em seu interior as condições climáticas adequadas ao desenvolvimento dos láparos, ou seja temperaturas entre 30 e 35 graus nos primeiros cinco dias de vida e manter-se aos 25 graus com umidade inferior a 75% em um ambiente seco e quente.
Devemos ter em mente que o ninho é um lugar potencialmente favorável ao desenvolvimento de agentes patogênicos, quando não observadas as condições de higiene, umidade e temperatura adequadas.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

CECOTROFIA



A cecotrofia é uma mecanismo fisiológico típico do coelho, com uma influência decisiva tanto em suas caracteristicas nutricionais como nos processos patológicos que se relacionam com o mesmo. O processo digestivo do coelho se efetua em uma segunda ingestão, a dos alimentos cecotrofos, o excremento mole que o animal consome diretamente do ânus, nos momentos de máxima quietude durante a noite; os quais contém alguns aminoácidos e vitaminas do complexo B, sintetizados no intestino ceco, que são essenciais para a saúde e desenvolvimento do animal.
A ingestão dos cecotrofos permite o melhor aproveitamento de alguns nutrientes, proteínas e vitaminas do complexo B, que não foram aproveitados pelo organismo do coelho.
Durante o dia, as fezes expelidas pelos coelhos são duras e grandes, neste caso não ocorre a coprofagia. As fezes noturnas são moles, menores e contém um revestimento mucoso, e os coelhos as comem logo após serem expelidas (o que caracteriza a cecotrofia). Por isso dificilmente é vista em condições fisiológicas, uma vez que o coelho coloca a cabeça entre as pernas e ingere as fezes antes que as mesmas toquem o piso.
A necessidade dos coelhos praticarem o hábito de ingerirem suas próprias fezes deve-se ao fato de a área microbiana intestinal situar-se na parte posterior do aparato digestivo, diferentemente dos ruminantes ( bovinos), nos quais se situam na parte anterior, esta parte do intestino age como uma câmara de fermentação e, é nesta área em que é quebrada a celulose da fibra, onde se obtém os nutrientes essênciais para a vida dos animais.
Considera-se que ao redor de 15 a 20% da matéria seca por dia ingerida (alimento + cecotrofo), corresponde a cecotrofos; um rol nutricional que tem mecanismo fisiológico importante, que permite reter no ceco uma digestão gástrica e entérica a fim de que as bactérias cecales atuem sintetizando as proteínas, aminoácidos essenciais e vitaminas, que graças a funcionalidade do cólon podem ser ingeridas e aproveitadas pelo animal.
Se não fosse assim, a capacidade de utilizar os produtos resultantes da atividade dos microorganismos se perderia com a eliminação das fezes. A incapacidade que por qualquer motivo impeça o coelho de ingerir suas fezes, leva o animal a várias deficiências e síndromes.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

PRECAUÇÕES AO INTRODUZIRMOS NOVOS ANIMAIS NA CRIAÇÃO




Antes de introduzirmos animais novos, coelhos reprodutores, adquiridos por suas qualidades genéticas para melhorar a qualidade de nosso plantel devemos ter prudência e adotar medidas de proteção tais como a "quarentena", evitando-se colocá-los de imediato dentro do criatório.
Devemos colocar o, ou os animais novos em gaiolas separadas, bem desinfetadas e destinadas somente para este objetivo. Observaremos durante um mês ou quarenta dias o estado sanitário dos futuros reprodutores, se não possuem alguma enfermidade em incubação que possa se manifestar nesse período, devemos fazer um exame detalhado das orelhas, extremidades, focinho e olhos para constarmos alguns sinais de sarna, também se inspeciona os órgãos genitais, alerta-se para coccidiose, observando-se atentamente os excrementos (fezes) dos coelhos.
As extremidades dos animais devem ser lavadas com solução desifentante, como medida preventiva ao serem introduzidos em nossa criação, além de aplicarmos uma solução contra a sarna nas orelhas dos coelhos, também podemos ministrar aos animais medicamentos contra a coccidiose, proporcionando uma desinfecção intestinal.
Devemos também utilizar a quarentena em animais de nossa criação que tenham participado de feiras ou exposições, muitos criadores não admitem a volta de animais que por qualquer motivo tenham saido do criatório.


sexta-feira, 17 de julho de 2009

NÚMERO DE PARTOS POR COELHA/ANO

O número de partos por coelha/ano, depende de um conjunto de fatores intrínsicos e extrínsicos em relação à fêmea, tais como o seu desenvolvimento, fecundidade, fertilidade, alimentação e condições ideais de temperatura, ventilação, humidade, luminosidade, etc., indispensáveis para se conseguir uma produção rentável. Para isso o cunicultor deve organizar seu calendário de coberturas levando em conta o objetivo da produção:carne, pele, pelo, reprodutores, etc.
Para a elaboração de um plano de reprodução, calcula-se o número de partos por ano mediante a seguinte fórmula:

365/RP = NP

em que 365 são os dias do ano, RP (ritmo de reprodução) representa o espaço de tempo entre duas coberturas e NP é o número de partos planificados.

Aplicando esta fórmula, podemos calcular a seguinte tabela de reprodução:

Plano de ReproduçãoI diasII diasIII diasIV diasV dias VI diasVII diasVIII dias
Cobrição depois do parto0-22101528354260
Período de desmame1421283140424956
Período de descanso1812131519242435
Ritmo de reprodução3333414559667391
Número de partos por ano11118,97,96,15,254

Período de descanso : tempo em que a fêmea está sem láparos.

Período de desmame: os dias transcorridos desde o nascimento até que as crias se separam da mãe.

Número de partos por ano: é um número teórico de partos.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

ABORTO




O aborto é o nascimento dos láparos fora do tempo e ocorre geralmente entre 22 e 23 dias de gestação, mesmo que as vezes ocorra na fase embrionária da gestação e com maior frequência em fêmeas de primeira cria.
As causas podem ser divididas em dois grupos principais, infecciosas e não infecciosas.
Sendo o coelho um animal "ansioso", onde o estresse é um fator predisponente para várias doenças e desiquilíbrios comportamentais, as causas não infecciosas do aborto em coelhas podem ser ocasionadas por: manipulação excessiva, ações violentas, superpopulação nas gaiolas, barulhos excessivos, microclima idadequado no galpão ou local de acomodação das coelhas.
Ainda referente ao aborto provocado por causas não infecciosas destacamos: desiquilíbrio alimentar, com ração de baixo valor nutritivo, com carência de vitaminas (A e K), falta de água, uso excessivo de antibióticos e contaminação dos alimentos por substâncias nocivas ou por microoganismos produtores de toxínas, gordura excessiva, macho muito jovem.
No que diz respeito aos fatores infecciosos destacamos as infecções causadas por microorganismos patogênicos que chegam ao útero através do sangue ou diretamente por via externa através dos órgãos genitais que podem causar aborto.
São bactérias, fungos e vírus que, além de aborto, são responsáveis por outras doenças, mas que, incidem principalmente sobre o sistema reprodutor da coelha grávida. Podemos assim citar como alguns exemplos:
- Pasteurella multocida - bactéria que contamina o órgão genital da coelha, através do ar inspirado ou lesões principalmente da pele.
- Salmonella spp.: os animais são infectados por via oral ingerindo o material (e não-alimentos) infectados, normalmente a partir de fezes de animais, como aves e roedores que o transportam.
Dentre outros mais, o vírus da mixomatose também é um agente de causador de aborto em coelhas.
Coelhas que abortarem duas vezes seguidas, devem ser eliminadas da criação.
Se o aborto não for causado por doença ou algum agente infeccioso, a coelha pode ser acasalada de 24 a 72 horas após o parto.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A DESMAMA




Uma das fases mais importantes dentro do processo biológico do coelho é o período de desmame dos láparos.
Entende-se por desmame a separação das crias da mãe, sumprimindo por completo o regime de amamentação e alimentação láctea, para passar ao consumo normal de alimentos adequados à fase de recria.
O desmame realizar-se-á segundo os sistemas de exploração, pelo que, conforme o sistema que se adote, deixar-se-ão os coelhos na mesma gaiola em que nasceram, durante todo o período de acabamento, ou até que sejam despertados os instintos sexuais, dependendo da finalidade para que são destinados. Este período pode ser de sessenta dias para destinados ao abate e cento e cinquenta dias para os de reprodução.
A fêmea neste sistema é transferida, evitando o stress que seria causado nos coelhos pela adaptação a outro lugar desconhecido no momento em que perdem o calor materno.
Outro procedimento consiste em separar os coelhos da mãe, levando-os a gaiola de recria até o final do crescimento, como no processo anterior. Neste tipo de desmame, o stress que se produz aos separá-los da mãe e a sua adaptação a outro ambiente desconhecido, pode influenciar no seu desenvolvimento,devendo-se tomar medidas que evitem os prováveis danos e atrasos no crescimento dos láparos.
Devendo ser a desmama feita levando-se em conta o sistema de criação que o cunicultor utiliza, a mesma pode ser feita:

- quando os filhotes tem entre 28 e 35 dias, no caso em que a coelha é levada ao macho para nova cobertura entre quatro a onze dias depois do parto, se quisermos alcançar o número de oito partos por ano.
- quando a fêmea for coberta novamente no mesmo dia do parto (criação intensiva), a desmama deve ser feita 25 e 29 dias, não mais que isso.
- quando a fêmea for coberta entre 10 a 12 dias após o parto (criação semi-intensiva), a desmama deve ser feita entre 26 e 30 dias após o parto.
Nas criações sem sistema definido, os filhotes devem ser retirados da mãe a partir dos vinte e cinco dias e no mais tardar aos trinta e dois dias. O mais frequente é aos vinte e oito dias (quatro semanas).
Podemos considerar um desmame normal o feito aos 42 dias, pois a esta altura a produção leiteira da coelha se encontra em fase decrescente e corresponde a um maior consumo pelos láparos da ração fornecida á mãe. Sendo que neste momento o aparelho digestivo das crias encontra-se em boas condições para se recuperar do stress do desmame.
Observa-se no entanto a redução dos partos/ano da fêmea


É necessário desmamar os filhotes uma semana antes da realização do parto seguinte.

A ação fisiológica do desmame dos láparos age de maneira favorável na coelha, uma vez que 3 a 4 dias de efetivada ela entra em cio.




domingo, 14 de junho de 2009

DEPOIS DO PARTO

Após terminado o parto, devemos checar o ninho com muito cuidado, para constatar as condições de cada láparo.
Nesta revisão do ninho devemos observar:
* se os láparos estão quentes e bem cobertos com a camada de pelos que a coelha deve fazer para protegê-los;
* contar quantos láparos nasceram e se há algum natimorto ou doente;

* ao encontrarmos algum láparo com deformação ou morto, retirá-lo no ninho e anotar na ficha individual da coelha;

Ainda, se uma coelha parir mais de oito láparos, os restantes se possível, devem ser remanejados para outra fêmea que tenha mamas disponíveis (as coelhas tem oito mamas para amamentar o mesmo número de filhotes), e nunca "enxertar" na nova mãe mais de três láparos que deverão ter no máximo três dias de diferença dos novos irmãos.

Também, antes de pegarmos os filhotes recém-nascidos, ou fiscalizarmos o ninho, devemos lavar bem as mãos, e passá-las nas palhas do ninho "novo" principalmente quando transportamos os láparos de um para outro, para que fiquem impregnados com o cheiro de sua nova mãe e ela os aceite com mais facilidade.

Pode ocorrer, que a coelha após o parto mate os seus filhotes, ou se negue a amamentá-los. Isto acontece, quando: a fêmea não produz leite suficiente, está com alguma enfermidade nas mamas, é de primeira cria e não tem o hábito de cuidar dos filhotes, sofreu muita sede durante o parto ou pode haver carência de algum mineral em sua alimentação.




terça-feira, 9 de junho de 2009

COELHO "CROSS" - BOM PARA CARNE

Podemos formar uma linhagem de coelho, própria, que procure atender ao que queremos no que diz respeito a produção de carne. O que porém, necessita de muita dedicação, conhecimento e trabalho.

Algumas raças que podem ser utilizadas na formação de um híbrido "cross" bom de carne:






1. Chinchila - animal de cor cinza, rústico, produtor de carne de boa qualidade.


2.Califórnia - pelagem branca, exceto focinho, patas, orelhas e rabo que são escuros, alto rendimento de carne e cabeça pequena.

3. Nova Zelândia - variedade branca, precoce, apresenta grande aptidão para carne e suporta
temperaturas altas (calor).









4. Gigante de Bouscat - bom rendimento de carcaça.










Primeira cruza - 1 x 2, usando 1 como macho "A".

Primeira cruza - 3 x 4, usando 3 como macho "B".


Segunda cruza AXB, usando A como macho.

Observe, que tanto os resultados A como B, da primeira cruza devem ser conservados no mínimo um macho e uma fêmea, que se destacaram na aparência (conformação) e comportamento, objetivando a fixação desses carcteres em gerações futuras.
Deve-se ainda, buscar no resultado do cruzamento A X B, boa carcaça, cabeça pequena, temperamento nobre, partos numerosos mas não excessivos e pele firme.
É importante trocar animais e experiências com outro criador que faça seleção idêntica, para evitar-se a consanguinidade extrema, o que traria sem dúvida prejuízos a criação.
Agindo assim, obteremos um coelho típico, onde desenvolveremos animais com genes que garantam as qualidades que buscamos, tornando-se dominantes a cada nova geração.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

CRIAÇÃO - TRANQUILIDADE

O coelho é um animal que sofre muito frente aos estímulos externos, por ser sensível às condições do meio.
Em vista disso a tranquilidade do ambiente é um aspecto muito importante e decisivo para o sucesso da criação.
Os gritos, vozes altas, ruídos fortes e repentinos, aparição inesperada de pessoas, provoca pânico e ansiedade nos coelhos.

Sendo a cecotrofia uma operação importantíssima do coelho que é regulada pelas glândulas suprarenais, e para que essa atividade fundamental se processe é necessário tranquilidade e calma no ambiente.
Todos os estados de choque repercutem na glândula suprarenal e como manifestação reacional a sua parte medular segrega adrenalina. O excesso de produção desse hormônio implica quase que de imediato em perturbações de natureza circulatória, respiratória e digestiva.

Assim o pânico e ansiedade importam em alterações fisiológicas em especial na digestibilidade e aproveitamento dos alimentos.

Estas situações também por vezes comprometem as ninhadas, pelo pisoteamento provocado pelas fêmeas, que assustadas saltam para dentro do ninho machucando e por vezes ocasionando a morte dos láparos.

Devemos sempre procurar locais calmos, distantes de movimentação e barulhos excessivos, para instalarmos qualquer tipo ou sistema de criação de coelhos, principalmente se for em larga escala e de grande importância econômica.
O ambiente deve ser o mais tranquilo possível e todas as atitudes que produzam alguma alteração nesta tranquilidade devem ser primeiramente analisadas para diminuirmos ao máximo os prováveis impactos negativos sobre a criação.
O ruído em particular, é um dos fatores que mais perturba e desempenha papel importante no desencadeamento da situação de stress tão prejudicial no desenvolvimento dos coelhos.
De uma maneira geral, deverão ser evitados todos os incidentes ou fatores de stress que podem influir e perturbar a tranquilidade na criação.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

GAIOLAS X DENSIDADE DE ANIMAIS

O bem estar do coelho depende em grande parte do espaço disponível. As gaiolas demasiadamente pequenas ou com lotação excessiva limitam os movimentos, impedindo os animais de determinadas manifestações naturais, influenciando de sobremaneira na higiêne e aspectos sanitários, bem como no desenvolvimento produtivo dos animais.
A criação de coelhos em gaiolas e com densidade de animais elevada, podem produzir uma carcaça de baixa qualidade (com contusões,hematomas,etc), principalmente se for após a décima semana de idade dos animais, quando devido a puberdade manifestam comportamento agressivo e competitivo.
Os cunicultores possuem diferentes opiniões sobre a quantidade de coelhos por gaiolas, que varia de acordo com o estado de vida do animal, sua finalidade (reprodução, abate, produção de pele, etc) além é claro do tipo de gaiola a ser utilizado.
Em linhas gerais o espaço necessário e adequado para um coelho desde que nasce até o desmame é de 0,20m² a 0,26m² o que abriga uma população de quatro a cinco coelhos por metro quadrado.
O espaço destinado para as fêmeas reprodutoras é calculado levando-se em conta o ninho quando dentro da gaiola, associado ao número de filhotes até a desmama; o qual deve ser, quando a fêmea e o ninho dentro da gaiola de 0,40 m² a 0,50m² A gaiola com a coelha sem o ninho pode ter a dimensão de 0,30m² a 0,35 m².



Existe uma orientação de que o espaço adequado é de 0,20m² por quilo de peso vivo, tendo como base as raças médias, como a Nova Zelândia e a Califórnia.
No que diz respeito aos animais, coelhos em recria ou terminação,ou seja desde o desmame até a idade de abate (75/90 dias) é necessário de no mínimo um metro quadrado de espaço para abrigar até quinze animais.

Para os reprodutores, pode-se utilizar as gaiolas convencionais uma vez que os machos reprodutores ou coelhas em descanso só precisam de acomodações com 0,40 m² a 0,50 m².


Segundo alguns criadores, há pouca influência na produtividade e rendimento na criação devido a densidade populacional dos coelhos criados em gaiolas, os aspectos negativos que ocorrem, são supridos ou compensados pelo aumento da produção de carne; devido ao número maior de animais abatidos por gaiola.




domingo, 17 de maio de 2009

HIGIENE E PROFILAXIA


A melhor prevenção contra doenças é manter os coelhos em boas condições de higiene e instalações adequadas.

Muitas vezes o criador iniciante ou não, imagina que a higiene consiste somente em remover as fezes e a urina diariamente, e para facilitar faz um piso de cimento. Isso além de aumentar o trabalho de limpeza, se não houver a utilização de sistemas de coleta de urina e esterco, através de drenos com canaleta que conduza estes dejetos por gravidade até um sumidouro; pode prejudicar os animais que passam a sofrer com a evaporação da amônia existente na urina.

Recomenda-se que as gaiolas fiquem a oitenta centímetros do solo, que preferencialmente deve ser de terra para que a urina se infiltre e desapareça o cheiro desagradável de amônia, da mesma forma os galpões devem ter janelas e ventilação adequada para evitar o cheiro e a presença da amônia, tão prejudicial aos animais no que diz respeito a saúde e seu bem de estar, evitando-se o "stress"de que podem ser acometidos por estes fatores.



Aconselha-se o uso de lança chamas ou vassoura de fogo, uma vez por semana nas gaiolas e nos pisos e a cada quinze dias nas laterias do calpão, fios de sustentação, gaiolas, etc.
Também, a cada quinze dias pulverizam-se as gaiolas com desinfetantes.


Deve-se proteger o piso e a entrada das instalações(pedilúvio) com o uso de cal virgem ou outro desinfetante, evitando-se assim o aparecimento ou proliferação de doenças.


O estêrco acumulado pode ser retirado a cada trinta dias, dependendo do piso este tempo pode ser maior ou menor.






segunda-feira, 4 de maio de 2009

A MUDA



O pêlo do coelho tem uma vida relativamente breve, chegando o momento em que cai naturalmente, sendo substituido por outro de formação recente. A este fenômeno dá-se o nome de muda.
Os pêlos se renovam em princípio na primavera e sobretudo no outono. A muda do outono, é a mais importante, pois prepara a pelagem de inverno destinada a proteger os coelhos contra as intempéries e os rigores do inverno em especial nas regiões mais frias.
Se o outono for relativamente seco e quente, a muda começa mais tarde, tratando-se de coelhos doentes ou mal nutridos a muda também atrasa e desenvolve-se lentamente e incompleta.
Observamos que os coelhos estão na muda quando passamos a mão no sentido contrário dos pelos (de trás para frente) e os mesmos se soltam, e também quando notamos que as gaiolas apresentam grande acúmulo de pelos.
A muda pode manifestar-se de diferentes formas:
- Muda Contínua: é o processo pelo qual o pêlo do animal pode cair em qualquer momento de sua vida, sendo substituído pelo novo.

- Muda de Infância: o coelho nasce com a pele completamente nua, e a partir do quarto dia de vida, começa a cobruir-se de um pêlo finíssimo e lanoso. No final da sétima semana de vida inicia-se a muda dos láparos, depois da qual o coelho aparece com o pêlo próprio da raça.
- Muda Anual: esta muda é a periódica, dependendo do meio ambiente e tendo lugar em épocas fixas, segundo o clima típico de cada região. A muda anual divide as peles em duas classes ou seja a de inverno e a de verão.

- Muda Patológica: pode ser determinada por alguma doença do animal ou problemas cutâneos.

A muda anual do coelho, produz-se no outono ou entrada do inverno, mas levando-se em conta que a maior parte dos nascimentos ocorre na primavera, observamos que o coelho adulto faz este tipo de muda em idade próxima dos oito meses, isto é quando acaba de se desenvolver e conta com reservas orgânicas suficientes, passando por este processo sem grandes problemas.

O criador tem possibilidade de dirigir e até influenciar na evolução da muda, fornecendo aos coelhos alimentação, instalações e manejo adequado.

sábado, 11 de abril de 2009

A RAÇÃO







Ração é definida como um conjunto de matérias primas balanceadas de tal forma a atender as exigências do animal à nível de proteína bruta, matéria fibrosa, energia, vitaminas, minerais e outros.
Portanto, a alimentação constitui-se como fator importante no aparecimento de distúrbios digestivos nos coelhos de engorda ou no perído pós parto, por administração inadequada de ração, seja na qualidade ou na quantidade.
Diarréias de origem alimentar ocorrem, muitas vezes devido a administração de alimentos pobres em celulose ( a celulose auxilia no trânsito dos alimentos no trato digestivo, contudo pode diminuir o ganho de peso dos animais se ministrada em excesso).
Recomenda-se que antes de fornecer-mos a ração aos coelhos, a mesma seja peneirada, com o objetivo de retirar-se se o pó que forma-se devido ao manuseio dos sacos (embalagens) e que é prejudicial aos animais; que aspiram este pó no momento da ingestão da ração podendo causar-lhes alergia, complicações pulmonares ou respiratórias (rinite). Cuidado este, que também devem ter alguns criadores que por vezes alimentam seus coelhos com milho quebrado (quirera muito fina).

Também devemos evitar a troca brusca de ração, a mesma deve ser feita aos poucos, dia a dia, permitindo que a flora microflora do tubo digestivo se adapte ao novo regime alimentar.
A maioria das rações existentes no mercado dão uma conversão alimentar, global na criação na faixa de 4 a 5kg de ração por quilo/coelho.
Uma vez que os custos com alimentação perfazem cerca de 50 a 65% dos custos de produção, a escolha da ração não deve ser baseada somente em custo por quilo de matéria seca, mas sim em eficiência de produção ou índice de conversão alimentar.
Assim sendo, duas rações poderão apresentar o mesmo custo e levarem a desempenhos diferentes.
Índice de conversão alimentar = IC
• IC = quantidade de alimento consumido na engorda / peso do coelho

• IC de engorda = quantidade de alimento/ (peso do coelho ao abate - peso a desmama)

Proceder à análise econômica das rações baseada no IC:

Preço da ração kg x consumo diário / ganho de peso diário







sexta-feira, 3 de abril de 2009

COELHOS - PELE

Em geral os cunicultores se preocupam com a preparação e a utilização comercial das peles, porque apesar de terem certo valor comercial, ainda existe muita dificuldade para a conservação (curtimento) e mercado para a venda de peles em muitas regiões, principalmente as mais afastadas dos grandes centros.
Se o coelho é rentável como produtor de carne, sê-lo-á mais, quando o benefício que resulta do aproveitamento da carne se junte ao proveniente da venda da pele. Daqui o aparecimento das raças Nova Zelândia Branca e Califórnia, com tendência para a criação de animais de dupla aptidão: carne e pele.
número de raças produtoras de peles é grande, como também foram muitas as mutações que apareceram na pelagem do coelho.
Entre as raças modernas de criação recente, destacamoso Castor Rex e suas variações, Prateado de Champanhe, Chinchila, Havana, entre outros.


Castor rex










Para obtermos peles de boa qualidade devemos observar alguns cuidados no manejo dos coelhos, tais como:
- os animais não devem estar em processo de muda do pelo, que é lento durando aproximadamente três meses e se dá quando os animais atingem onze semanas;
- deve-se manter os coelhos saudáveis, bem alimentados com boa higiene (os coelhos para pele devem ser escovados regularmente);
- os machos não utilizados para a reprodução devem ser castrados, o que além de evitar brigas nas gaiolas, caso estejam confinados vários animais juntos (o recomendável é um animal por gaiola), faz com que o pelo fique mais macio e brilhante;
- o local deve ter boa ventilação, o que contribui para deixar a pele mais espessa, principalmente no inverno, quando naturalmente os pelos crescem mais rapidamente, tornando a pele mais densa e apreciável;
- o local não deve ter muita luminosidade, para não influciar na coloração da pele, principalmente das brancas, que podem mudar de cor e ficar amareladas;
- devemos obervar se a pele não apresenta manchas escuras, que pondem indicar o crescimento dos pelos, desvalorizando-a para o comércio;
Na hora do abate e consequente sangria, devemos ter cuidado para não manchar a pele com o sangue, observando-se o seguinte procedimento:
Abate, com a retirada da pele, limpeza dos restos de carne e gordura, secagem, tratamento e armazenamento, a espera do processo de curtimento.
A pele seca pesa entre 125 a 150gr e sua relação com o peso do animal é de 13%.
O valor das peles depende de fatores tais como: comprimento, densidade, brilho, textura, resistência, cor do pelo, tamanho, peso e o estado de conservação.

sexta-feira, 27 de março de 2009

DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO

Após a monta e cobrição, em uma ou duas semanas, observamos que a coelha está mais calma come mais e senta-se com o abdomen apoiado no piso da gaiola.Trinta (a dois) dias após a cobrição a coelha começa a arrancar os pelos, para fazer o ninho e dar a luz aos láparos.As vezes, ocorre, que mesmo após preparar o ninho a coelha não dá cria. Isto pode acontecer duas semanas após ser coberta pelo macho e, é considerada uma pseudo-prenhez.
Para verificarmos, antes, se a cobertura foi bem sucedida, teremos de fazer o teste de prenhez.

O melhor método é a apalpação, que é feita a partir dos doze a quatorze dias da cobertura e requer uma certa prática.
Para realizar-se esta prova, coloca-se a fêmea sobre uma mesa ou uma superfície plana, sujeitando-a com uma mão pela pele do pescoço e ao mesmo tempo prendendo-lhe as orelhas, dirigindo a cabeça da coelha para o cotovelo do operador. Desliza-se a mão livre por debaixo do abdomen até a região pélvica e, ao passar a mão pelo abdomen apalpam-se os fetos com os dedos.
Por este método se a fêmea estiver coberta, ao procedermos a apalpação, sentiremos "coisas duras", que vão se tornando progressivamente largas, até atingirem a forma de um embrião, tendo em vista que os fetos se desenvolvem pouco durante os primeiros vinte dias da gestação.
Teremos que prestar a máxima atenção à prática desta operação, de modo a não exercer uma pressão excessiva que poderia produzir a ruptura do corno uterino, podendo provocar um aborto.

Com o tempo e prática será fácil identificar os embriões sem muito esforço.

Podemos também testar a gravidez, voltando a colocar a fêmea com o macho após doze dias da cobertura, se ela rejeitar, poderá estar coberta; porém se ela aceitar da mesma forma nada nos garante que ela esteja "vazia", podendo emprenhar no meio de uma gravidez, o que chamamos de "superpregnancy" o que ocorre ocasionalmente.Outra forma de diagnosticarmos a gestação, é observar as mudanças externas que ocorrem na fêmea, ou seja, pode-se comprovar o abdomen dilatado e um aumento de peso, sobretudo se o número de fetos é grande. Este método só pode ser empregado com êxito nos últimos dias da gestação, que é quando os fetos se desenvolvem mais rapidamente.

sábado, 14 de março de 2009

RENDIMENTO LÍQUIDO DA CARNE DE COELHO



O rendimento líquido é a porcentagem de carne limpa que é obtido somando-se o peso do couro, cabeça, patas, sangue e vísceras diminuindo-se do peso vivo dos coelhos.
Assim, obtemos o rendimento líquido de um coelho, multiplicando seu peso vivo por 60 e dividindo por 100.
Um coelho de 3kg, por exemplo, teria um rendimento líquido de 1,800kg, porque 3 X 60 são 180 que, divididos por 100, resulta em 1,800kg.
Salienta-se que o rendimento líquido dos coelhos é maior que o de animais como os bovinos, ovinos e outros.
Observamos que este rendimento pode variar para mais ou para menos, devido a uma série de fatores como idade, raça, sexo, precocidade, estado de gordura ou magreza, alimentação, etc.

A raça tem grande influência na produção de carne, pois embora a produzam em maior quantidade, as raças gigantes dão menores rendimentos líquidos e sua carne é de qualidade inferior à das raças médias e pequenas.

O sexo influi, não só na quantidade mas também na qualidade da carne produzida pois, embora no começo do período de desenvolvimento não haja muita diferença entre fêmeas e machos, com a idade vai aumentando a diferença e as fêmeas vão dando maior rendimento do que os machos porque o esqueleto, órgãos internos e peles dos machos são relativamente mais pesados. Segundo alguns autores, esta diferença pode atingir a 15%.

No que diz respeito à idade, quanto mais velho for o coelho, maior o rendimento em carne e mais firme ela se torna.

Quando um coelho é submetido à engorda, o que aumenta em maior proporção é a carne e por isso só devem ser abatidos coelhos gordos.
As raças precoces são as que produzem relativamente maior quantidade de carne em menor tempo, por ser muito grande o seu poder de assimilação de alimentos ou conversão alimentar.

O maior rendimento é obtido quando o coelho está com 2 anos de idade, mas sua carne perde em qualidade e o seu preço de custo é bem maior, não compensando financeiramente.

A qualidade e quantidade de alimentos fornecidos aos animais, principalmente no último mês e a técnica de abate têm grande influência, tanto na quantidade quanto na qualidade da carne obtida.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

COMPORTAMENTO MATERNO DAS COELHAS

Observamos, muitas vezes que as coelhas demonstram agressividade contra suas crias.
Sendo as mais comuns o canibalismo, abandono, parto fora do ninho e esmagamento, mas a frequência das mortes pode ser atribuída ao manejo incorreto.
CANIBALISMO: Ocorre, comumente em coelhas recém-paridas, pode acontecer, por que logo depois do parto, comem a placenta e membranas e, em seu estado de "estresse" (sede) podem comer algum filhote. Devido a isso nunca pode faltar água para as coelhas em trabalho de parto.
Ocorre também, de não aceitarem os filhotes de outra cria (transferência de láparos) ou filhotes fora do ninho que caíram por estarem mamando (ficam presos por sucção). Por instinto, as fêmeas devoram seus filhotes fora do ninho, para proteger o restante da ninhada. Em filhotes de duas semanas quando são devorados, restam a cabeça, as extremidades e estômago. Se encontrar somente a cabeça, não foi devorado pela coelha, e sim por algum predador (ratos, ratazanas, gatos...) ou por passar para a gaiola vizinha. Se a coelha for de primeira cria, devemos esperar o segundo parto antes de descartá-la.
PARTO FORA DO NINHO:
Ocorre, quando há uma agressão externa, calor excessivo, habilidade materna reduzida (raças pesadas, para pele, gigantes), dificuldades no parto; quando é comum que as coelhas não arranquem os pelos, e tenham seus filhotes fora do ninho. Essas porcentagens são maiores em coelhos que não são selecionados por suas características reprodutivas e maternais, características estas que em todas as criações devem ser levadas em conta.
ABANDONO DO NINHO:
O criador, deve manter uma constante vigilância com o ninho e os láparos. Constata-se o abandono do ninho e consequentemente dos filhotes, quando eles estiverem úmidos, espalhados pelo ninho e chorando de fome, com a barriga murcha. Podem morrer de fome, frio, complicando-se, mais quando a coelha urina sobre eles. O abandono pode ser, alguma enfermidade da coelha, palha úmida ou com forte cheiro de amônia (ninhos sem cuidados de higiene), ou queda brusca de temperatura.
ESMAGAMENTO:
Ocorre, quando as coelhas tem o hábito de entrar e sair do ninho repetidamente (quando ouve barulhos – ambiente não adequado) para esconder-se, presença de predadores, proteger-se do frio, quando tem calo nas patas (aliviar a dor).
Estes problemas, diminuem com um bom manejo, tal como:
- Quantidade suficiente de alimentos como ração, feno, palha e água.
- Dedicar-se ao controle dos ninhos e da cama dos láparos, controlar a lactação, eliminação de odores entre outros, colaboram para a diminuição de coelhos mortos até o desmame.
- Coelhas doentes devem ser eliminadas, para evitar incidência de problemas genéticos, como calos nas patas, falta de amamentação por mastite, etc

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ACASALAMENTO

NOS REPRODUTORES JOVENS:
Manejo do macho - devemos colocar os machos escolhidos como futuros reprodutores em gaiolas individuais a partir dos três meses. Como o macho antes de seu primeiro serviço pode estar nervoso e encontrar dificuldade para o salto, é muito importante proporcionar-lhe uma coelha dócil e, se possível, de segundo ou terceiro parto.
Manejo da fêmea - devemos colocar as fêmeas jovens em gaiolas individuais, 18 dias antes de serem levadas ao macho, para evitar uma falsa gestação, devido a excitação sexual produzida pelo salto de outra fêmea, fato comum quando deixamos várias coelhas em uma mesma gaiola.
Da mesma forma que acontece com o macho, não é aconselhável que a fêmea efetue seu primeiro acasalamento com um macho muito novo.

NOS REPRODUTORES ADULTOS:
A fêmea está pronta para o acasalamento, quando observamos a mudança de cor da vulva primeiro cor rosada, depois mais avermelhada puxando ao carmim, que é um bom indício para a cobertura, (a cor violácea indica que o cio já passou); nesse momento devemos levar a coelha para a gaiola do macho e nunca o contrário, para que o macho não se desoriente e fique assustado. Além do que se levarmos o macho para a gaiola da fêmea esta pode reagir violentamente ante a presença de um animal estranho em seu ambiente e machucá-lo.
O transporte da coelha para a gaiola do macho deve ser com cuidado, em especial se forem animais grandes ou de um certo peso, nunca devem ser agarrados ou contidos pelas extremidades posteriores ou pelas orelhas, mas segurando a fêmea pela região da cruz (junção das espáduas) com uma mão, enquanto que outra se apoia ou firma as coxas para que o peso do animal recaia sobre o braço.
Aproveita-se o manuseio dos animais para observarmos seus órgãos sexuais, antes do acasalamento, com o fim de evitar-se enfermidades transmitidas pelo coito.
O macho deve ser criado longe das gaiolas das fêmeas, porque o ambiente e a proximidade das coelhas mudam o temperamento do macho, em princípio excitável, para depois tornar-se negligente aos estímulos sexuais das fêmeas.
O piso da gaiola, geralmente de arame, deve ter um estrado(madeira) de descanso, para evitar lesões dos machos na hora da cobertura, provocando transtornos e reflexos inibitórios. Salienta-se, ainda, que a gaiola para o acasalamento deve ser ampla para que os animais tenham plena liberdade de movimentos durante o coito.
Em regiões quentes ou épocas de muito calor, recomenda-se que os acasalamentos devam ser feitos pelo amanhecer, ou ao anoitecer.
Para que os acasalamento se realizem em boas condições as temperaturas devem estar superiores a 9-10 graus C, pois muitas vezes os galpões úmidos e os meses frios inibem o cio e as fêmeas não aceitam bem aos machos. Da mesma forma em períodos mais quentes, o macho pode tornar-se temporáriamente estéril.
Por isso, e tendo presente que as épocas mais favoráveis a reprodução são o final do inverno e a primavera, devemos manter os coelhos em bom estado de alimentação e ambiente, observando e controlando os aspectos de umidade e temperatura, para que possamos manter um cronograma de acasalamento o ano todo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

INFLUÊNCIA DO AMBIENTE SOBRE A REPRODUÇÃO


TEMPERATURA INFERIOR A 10 ° graus:
- aumento das doenças respiratórias e digestivas.
- no macho, verifica-se a diminuição do libido e fertilidade, causa de azorpemia( ausência de espermatozóide). Este efeito dura por várias semanas.

TEMPERATURA SUPERIOR A 25 º graus:
- aumento da mortalidade dos filhotes, reduz o crescimento dos láparos.
- nas fêmeas: redução no consumo alimentar, receptibilidade ao macho e declínio da fertilidade, além do aumento da mortalidade embrionária.

UMIDADE:
Ótima: 60 - 70 %
De 70 - 80 % é mais elevada a incidência de problemas respiratórios.
Menor de 50 % observa-se a mucosa seca, a maior quantidade de pelos e poeira na atmosfera que afeta o sistema respiratório.




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

COELHOS

Idade reprodutiva dos coelhos - 4 a 6 meses (dependendo da raça)

Período de Gestação - 31 dias

Filhotes por ninhada - em média 7

Prolificidade ( número de láparos nascidos vivos por parto ) : oito

Número de tetas - 8 a 12

Ninhadas por ano - 5 a 7 (conforme sistema de criação adotado)

Produtividade ( número de láparos desmamados e comercializados por parto ) : sete

Intensidade de uso das matrizes (número de partos por ano ) : seis

Período de lactação : 30 dias

Número de cobrições por reprodutor ao dia : até três

Período de cobrição : máximo de 3 dias

Idade de aquisição das matrizes e reprodutores : depende da disponibilidade do mercado.

Consumo diário de alimento (ração) - 140 - 200gr.

Peso ideal na desmama - 500gr.

Idade de abate ( relacionada ao peso ) : 1,8 a 2 Kg em 60 dias; 2,3 a 2,5 Kg em 75 dias e 2,8 a 3 Kg em 90 dias.

- Coelhos desenvolvimento - de um a vinte e oito dias vida -

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

AMAMENTAÇÃO - DESMAME - ENGORDA



Os primeiros dois dias de vida dos filhotes são muito importantes para a gestão da criação, uma vez que a mortalidade é alta, em média, é igual a 8-10%. Para diminuir a mortalidade certifique-se que o ninho é fechado, introduzindo a mãe de manhã por alguns minutos para a alimentação, e após é retirada para evitar que sustos façam com que a fêmea pule para dentro do ninho, esmagando os filhotes ou que possam sair agarrados aos pelos da mãe e morram fora do ninho.
Em geral as coelhas possuem de oito a dez mamas das quais as duas peitorais são menos produtivas. A capacidade leiteira da coelha depende da alimentação que lhe é dada, por isso é aconselhável ministrar a fêmea lactante alimentos frescos, saudáveis, e bem equilibrados.
As fêmeas de primeira cria não produzem tanto leite, sendo importante verificar se os láparos estão recebendo o alimento em quantidades adequadas ao seu bom desenvolvimento.
Depois de trinta dias, a própria coelha já começa a afastar os filhotes iniciando naturalmente a desmama.
No dia da desmama o criador deve examinar os láparos um por um, e separá-los em lotes uniformes, de acordo com: sexo, tamanho,peso, raça e cor.
Os programas de desmame podem ser de difrentes formas, conforme o indicado abaixo:
Precoce - Separação entre 26 e 28 dias a partir do nascimento, realiza-se em sistemas intensivos, utilizando um alimento específico como o leite da coelha mãe. Este tipo de desmama é mais utilizado quando os coelhos são de corte e destinados ao abate e é realizada quando os filhotes atingirem aproximadamente 500gr.
Fisiológico - Separação entre 29 e 33 dias de vida, é aplicável em sistemas semi-intensivo, utilizando rações peletizadas de desmame.
Tardio - É a técnica menos utilizada, é aplicada em sistemas extensivos, a vantagem é que ela requer pouco trabalho, deixando-se os filhotes junto a mãepor muito tempo, o que aumenta o tempo, espaço entre as novas coberturas, diminuindo o número de nascimentos - parto/ano por fêmea.


Engorda:

É um período que varia entre o desmame e a terminação, são os trinta dias após o desmame.
Acabamento/Terminação:

É o tempo que decorre a partir da engorda dos coelhos. Corresponde a idade madura de 80 - 90 dias de vida dos animais, ou seja, depois de terem atingido um peso médio de 2,5 - 2,7 kg.
O rendimento para o abate nos coelhos é de cerca de 60 - 64% com a cabeça e membros, enquanto 48 - 55% sem cabeça e membros.





sábado, 31 de janeiro de 2009

COELHO ANÃO

O coelho teve origem na África em torno de 1100 aC, mais tarde transportado pelos navios fenícios, espalhando-se por toda a Europa, foi utilizado principalmente na alimentação. A seleção em si começa no século XVI, principalmente pelos monges que começaram a selecionar os melhores animais e a formar raças. Recentemente, as raças de coelhos domésticos, depois de vários cruzamentos chegou ao coelho anão, agora utilizado como um animal de estimação e companheiro. Evidentemente, tais como "primos" o maior, mesmo anão coelho, se apresentam em diferentes raças.
O coelho anão (orictolagus cunicullus) é de pequeno porte e isso faz com que ele tenha grande popularidade.
Sua aparência é o maior atrativo, charmoso, grandes olhos redondos, nariz pequeno e achatado,
no Brasil os coelhos anões são conhecidos também como mini coelhos.
Mini coelho, é um excelente animal de companhia, não faz barulho, ótimo para apartamento, por ocupar pequenos espaços; uma gaiola de 40 cm de largura x 60 cm de comprimento x 40 cm de altura é o suficiente, o seu pêlo não tem cheiros, o seu custo é bastante baixo e sua manutenção também: consome de 0,040Kg a 0,060Kg de ração por cada Kg de peso diariamente. São geralmente mansos e carinhosos com os donos e estabelecem laços afetivos importantes com as crianças e tratadores.
O termo "mini-coelho" abrange, no Brasil, as raças pequenas (que variam entre 1,5 e 3,5 kgs de peso) e as raças anãs (até 1,5 kgs).
Mini-lops têm peso ideal entre 2,4 e 2,7 kgs, holland-lops são um pouco menores (entre 1,4 e 2,0 kgs), e fuzzy-lops ficam entre 1,6 e 2,0 kgs e comprimento entre25 a 30 cm. Lion-heads, ou mini-lions, podem ter entre 1,6 e 2,0 kgs. O mini-holandês é um dos menores, ficando entre 1,3 e 1,5 kgs e até 25 cm.
O coelho anão nos últimos anos tornou-se moda, mas antes de comprá-lo certifique-se de que é realmente isso que você quer, e saber que mesmo pequeno, ele vai tornar-se adulto, que não é só um brinquedo para criança, que vai ter que ter cuidados como:
- Uma gaiola bem arejada, com fundo vazado e bandeja para aparar os dejetos e restos de alimentos;
- Se possível deixá-lo em liberdade duas horas por dia para que possa brincar e interagir com as pessoas;
O coelho é vegetariano e sua dieta deve ser rica em fibras, complementada com uma boa ração peletizada e própria para eles, além de água de boa qualidade. Os legumes e vegetais devem ser dados em pequenas quantidades (cuidado com alface e repolho).
Os coelhos anões atigem a maturidade sexual por volta de 3 meses. As fêmeas dão em média 3 a 4 filhotes por parto.
O coelho anão vive me média entre 7 e 8 anos, se bem cuidado.
Existe diversas variedades de coelho anão ou mini, aqui vemos as mais comuns:
HOLLAND LOP
Menor do que a raça "mini-lop", o corpo é robusto, com pelo curto e denso e suas orelhas são caídas, no máximo atingem aos 1,6 quilos.
A variedade de cores são: Azul de Viena, Cinza, Branco, Branco com Chocolate, Branco com Cinza, Branco com Preto, Caramelo, Champagne, Creme e Amarelo.
As fêmeas são prolíficas e geram uma média de 6 láparos por parto.










MINI HOLANDÊS
Preto e branco é a coloração mais comum desta raça, que tem o branco sempre garantido, podem ter ainda outras colorações, caso do castanho, cinza, canela, amarelo. Peso médio de 1,3 kg e não deve exceder aos 2,5kg.
As fêmeas geram uma média de 5 láparos por parto.
LIONHEAD (MINI LEÃO)
A mutação fez surgir uma nova raça de coelhos anões com jubas. É considerada a principal mutação em coelhos, ocorrida desde 1900. Tornou-se extremamente popular, e já é uma das raças mais criadas no mundo.
Conhecido como Mini-Lion, tem orelhas curtas e eretas e várias cores disponíveis. Sua pelagem é única (longa em volta da cabeça e na "saia", perto da cauda).
São coelhos extremamente dóceis, amigáveis e inteligentes. Seu peso médio varia em torno de 1,2 a 1,6 quilos. As fêmeas geram por parto uma média de 6 láparos. Quanto menor o seu tamanho mais são valorizados.